O embaixador iraquiano em Portugal, cujos filhos agrediram Ruben Cavaco em Ponte de Sor, enviou hoje um ramo de flores e um cartão a solidarizar-se com a dor dos pais do jovem, disse à Lusa fonte próxima da família..Segundo a mesma fonte, o embaixador do Iraque Saad Mohammed Ali mandou entregar no Hospital de Santa Maria um ramo de flores, juntamente com um cartão pessoal em que se solidariza com a dor dos pais, disponibilizando toda a sua ajuda e desejando a recuperação do jovem de 15 anos..A fonte revelou à Lusa que os pais de Ruben Cavaco acompanham em permanência a evolução do estado de saúde do filho, cuja recuperação tem sido lenta, mas favorável..Na passada quinta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português entregou o pedido de levantamento da imunidade diplomática dos filhos gémeos (17 anos) do embaixador do Iraque..Um dia antes, o MNE tinha informado que iria transmitir ao Encarregado de Negócios do Iraque,o pedido de levantamento da imunidade dos filhos do embaixador, depois de o Ministério Público o ter solicitado..O Ministério Público (MP) considerou "essencial para o esclarecimento dos factos", que os dois jovens iraquianos, suspeitos naquele caso de agressão sejam ouvidos em interrogatório, na qualidade de arguidos..O MP entendeu que, "face aos elementos de prova já recolhidos, na sequência de diligências de investigação efetuadas", é "essencial, para o esclarecimento dos factos, ouvir, em interrogatório e enquanto arguidos, os dois suspeitos que detêm imunidade diplomática"..O jovem alentejano sofreu múltiplas fraturas, tendo sido transferido no mesmo dia do centro de saúde local para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde chegou a estar em coma induzido..Numa entrevista à SIC, os filhos do embaixador iraquiano admitiram as agressões, afirmando que nunca tiveram a "intenção de ferir tão gravemente uma pessoa" e pediram "sinceras e sentidas desculpas" à vítima e à sua família..Os dois gémeos disseram também que permanecerão em Portugal até o caso ser esclarecido e garantiram que não invocaram a imunidade diplomática de que gozam, assumindo as suas responsabilidades e enfrentando as consequências.