Nos dias anteriores à viagem pioneira - que este sábado faz 50 anos - , funcionários da Casa Branca e da agência espacial norte-americana (NASA) prepararam-se para o pior. Se os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin não conseguissem regressar à cápsula espacial teriam morte certa no satélite da Terra. Nos anos 1990, o jornalista e escritor James Mann encontrou nos arquivos da administração Nixon um discurso que o presidente teria de ler "Em caso de desastre na Lua", e deu agora a conhecê-lo num texto publicado no Washington Post..O texto foi encomendado pelo chefe de gabinete H.R. Haldeman ao autor dos discursos da Casa Branca, William Safire, e tinha duas recomendações: a primeira, que o presidente telefonasse a cada umas das "futuras viúvas"; segundo, que após a leitura do discurso à nação e quando a NASA cortasse as comunicações, um padre iria adotar "o mesmo procedimento que um enterro no mar, encomendando as suas almas" e com uma oração..O discurso que nunca foi proferido por Nixon:."O destino determinou que os homens que foram explorar a lua em paz ficarão na lua para descansar em paz. Estes homens corajosos, Neil Armstrong e Edwin Aldrin, sabem que não há esperança para a sua salvação. Mas eles também sabem que há esperança para a humanidade no seu sacrifício. Estes dois homens estão a entregar as suas vidas no objetivo mais nobre da humanidade: a procura da verdade e da compreensão. Serão chorados pelas suas famílias e amigos; serão chorados pela sua nação; serão chorados pelas pessoas do mundo; serão chorados por uma Mãe Terra que ousou enviar dois dos seus filhos para o desconhecido. Com a sua exploração, estimularam as pessoas do mundo a sentirem-se como se fossem uma só; com o seu sacrifício, uniram mais firmemente a irmandade dos homens. Nos tempos antigos, os homens olhavam para as estrelas e viam os seus heróis nas constelações. Nos tempos modernos, fazemos praticamente o mesmo, mas os nossos heróis são homens épicos de carne e osso. Outros se seguirão, e certamente encontrarão o caminho de casa. A demanda do Homem não será posta em causa. Mas estes homens foram os primeiros, e permanecerão os primeiros nos nossos corações. Cada ser humano que olha para a lua nas noites vindouras saberá que há um canto de um outro mundo que é para sempre a humanidade."
Nos dias anteriores à viagem pioneira - que este sábado faz 50 anos - , funcionários da Casa Branca e da agência espacial norte-americana (NASA) prepararam-se para o pior. Se os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin não conseguissem regressar à cápsula espacial teriam morte certa no satélite da Terra. Nos anos 1990, o jornalista e escritor James Mann encontrou nos arquivos da administração Nixon um discurso que o presidente teria de ler "Em caso de desastre na Lua", e deu agora a conhecê-lo num texto publicado no Washington Post..O texto foi encomendado pelo chefe de gabinete H.R. Haldeman ao autor dos discursos da Casa Branca, William Safire, e tinha duas recomendações: a primeira, que o presidente telefonasse a cada umas das "futuras viúvas"; segundo, que após a leitura do discurso à nação e quando a NASA cortasse as comunicações, um padre iria adotar "o mesmo procedimento que um enterro no mar, encomendando as suas almas" e com uma oração..O discurso que nunca foi proferido por Nixon:."O destino determinou que os homens que foram explorar a lua em paz ficarão na lua para descansar em paz. Estes homens corajosos, Neil Armstrong e Edwin Aldrin, sabem que não há esperança para a sua salvação. Mas eles também sabem que há esperança para a humanidade no seu sacrifício. Estes dois homens estão a entregar as suas vidas no objetivo mais nobre da humanidade: a procura da verdade e da compreensão. Serão chorados pelas suas famílias e amigos; serão chorados pela sua nação; serão chorados pelas pessoas do mundo; serão chorados por uma Mãe Terra que ousou enviar dois dos seus filhos para o desconhecido. Com a sua exploração, estimularam as pessoas do mundo a sentirem-se como se fossem uma só; com o seu sacrifício, uniram mais firmemente a irmandade dos homens. Nos tempos antigos, os homens olhavam para as estrelas e viam os seus heróis nas constelações. Nos tempos modernos, fazemos praticamente o mesmo, mas os nossos heróis são homens épicos de carne e osso. Outros se seguirão, e certamente encontrarão o caminho de casa. A demanda do Homem não será posta em causa. Mas estes homens foram os primeiros, e permanecerão os primeiros nos nossos corações. Cada ser humano que olha para a lua nas noites vindouras saberá que há um canto de um outro mundo que é para sempre a humanidade."