Em Berna 20.000 suíços protestam contra a austeridade

Cerca de 20.000 funcionários públicos, nomeadamente professores, polícias, e trabalhadores hospitalares, protestaram hoje em Berna contra as medidas de austeridade e exigindo melhores condições salariais e de trabalho.
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"O cantão de Berna não tem dinheiro suficiente e os seus funcionários públicos estão a pagar esse preço", disse à AFP Michael Gerber, porta-voz regional dos professores do sindicato LEBE, que foi um dos organizadores da manifestação.

A manifestação teve lugar na principal praça da capital helvética, a Bundesplatz, tendo os manifestantes exigido que o governo cantonal "Pare a demolição".

O cantão de Berna, segundo a agência suíça ATS, propõe um equilíbrio orçamental congelando os aumentos salariais previstos para o setor público e um corte de 55 milhões de francos suíços (45 milhões de euros) nos gastos dos setores sanitário e escolar.

"Os salários foram basicamente congelados e as condições de trabalho estão muito aquém do que deviam ser", disse Gerber.

O sindicalista referiu que, há seis anos, o cantão de Berna cancelou uma lei que assegurava os aumentos automáticos dos professores, passando estes a depender de decisões anuais do Governo regional.

A manifestação de hoje, a maior de funcionários públicos nos últimos dez anos, é também uma "mensagem contra as más políticas financeiras", disse a deputada socialista Beatrice Stucki e líder do sindicado da função pública SSP, à agência ATS, citada pela AFP.

A deputada acusou o Governo cantonal de aliviar os ricos de impostos enquanto faz cortes na Saúde e na Educação.

Beatrice Stucki exigiu "recursos para todos" para evitar que se crie "uma sociedade a dois níveis".

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