Elon Musk acredita que haverá uma nova corrida espacial
Com o estrondoso êxito do lançamento, ontem, do seu foguetão Falcon Heavy, que agora coloca no horizonte do real as viagens para Marte, Elon Musk, o patrão da SpaceX, espera que surja "uma nova corrida no espaço" por parte das empresas privadas e de outros países. Foi isso que escreveu num tweet, numa alusão ao tempo da Guerra Fria, em que os Estados Unidos e a ex-União Soviética levaram a sua rivalidade para o espaço, imprimindo uma aceleração decisiva à conquista espacial, que culminou na chegada à Lua.
Eram 20.45 (hora de Lisboa) de ontem quando o grande lançador, concebido em tempo recorde pela empresa americana SpaceX, se elevou no espaço, a partir de Cabo Canaveral, levando a bordo um carro elétrico da Tesla, de cor vermelha, para ser colocado na órbita de Marte, e assim demonstrar a capacidade do novo foguetão de lançar missões para Marte.
Missão cumprida. Depois de um ano de intensos testes dos seus foguetões Falcon 9 (mais pequenos), a SpaceX conseguiu lançar agora pela primeira vez o seu foguetão pesado, que é feito a partir de três Falcon 9 acoplados entre si e equipados com 27 motores.
É certo que o foguetão central se perdeu, como o próprio Elon Musk confirmou em conferência de imprensa algumas horas após o lançamento, mas o essencial, que era o largada do carro vermelho, o Tesla Roadster, em direção a Marte foi um sucesso, segundo as suas próprias palavras. "Passou além da órbita de Marte e continuou em direção à cintura de asteróides", informou ele já de madrugada, através de um novo tweet.
A SpaceX tem neste momento em curso, através da Internet, uma transmissão a partir do interior do Tesla Roadster. Chama-lhe Live Views of Starman e dali vê-se a Terra. Por isso é bem possível que o carro, o boneco-astronauta que leva a bordo, bem como uma placa em que estão inscritos os nomes dos seis mil trabalhadores da SpaceX fique mesmo por aqui, pela órbita da Terra.
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Seja como for, a corrida está lançada. E as viagens espaciais mais ambiciosas, e também mais frequentes, tornaram-se possíveis.