Rio promete "oposição firme" mas "sem demagogias"
Na sede de candidatura, o já eleito líder do PSD prometeu que fevereiro, data da realização do congresso do PSD, irá construir "uma alternativa de governo à frente de esquerda no Parlamento".
Rui Rio afirmou ainda que o governo de António costa pode esperar "uma oposição firme e atenta",mas sem "demagogias". No seu discurso de vitória voltava a reiterar a ideia de que está disponível para os consensos que são necessários ao país.
Ao PSD também mandou um recado, o de que o partido "não foi fundado para ser um clube de amigos" nem um agremiação de interesses particulares.
Rui Rio teve a vitória na maioria das distritais, incluindo na do Porto. Tal como nas de Braga, Aveiro, Coimbra, Santarém, Algarve, Viana do Castelo e Viseu. Nesta última, o presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, foi um dos principais apoiantes de Santana Lopes.
Pedro Santana Lopes venceu na distrital de Lisboa, com uma margem de quase 800 votos (3046 contra 2286). Na concelhia da capital, também venceu Santana, com 1124 votos contra 1070 do opositor.
Rui Rio será o 18.º presidente do PSD desde o 25 de Abril de 1974, sucedendo a Pedro Passos Coelho, eleito em 2010.
Mais de 70 mil militantes do PSD foram chamados a escolher o novo presidente social-democrata
Pedro Santana Lopes assumiu este sábado a responsabilidade da derrota nas eleições diretas para a liderança do PSD, mas disse estar de consciência tranquila e assegurou que vai continuar no combate político.
"Peço a todas e a todos para não estarem tristes (...). Estou de consciência tranquila, demos tudo o que tínhamos e fizemos aquilo que é importante em política: lutar pelos nossos ideais", afirmou, recebendo um forte aplauso dos apoiantes que gritavam "PSD".
Santana Lopes disse que, apesar de ainda não serem conhecidos os resultados finais, já felicitou o seu adversário Rui Rio pela vitória.
"Eu vou continuar a combater politicamente, como alguém disse um dia, só é derrotado quem desiste de lutar", assegurou.