Egito investiga vídeo de casal nu na pirâmide. Ministro fala em "violação da moralidade pública"

O vídeo e as fotografias que mostram um casal nu no topo de uma Pirâmide de Gizé tornaram-se virais nas redes sociais.
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"Uma violação da moralidade pública", assim apelidou o ministro das Antiguidades egípcio Khaled al-Anani. A fotografia e vídeo correram o mundo e geraram uma onde de revolta pela comunidade egípcia. Na semana passada, era partilhado nas redes sociais o que parecia ser um casal dinamarquês a posar nu e a ter relações sexuais mesmo sobre um das grandes pirâmides de Gizé. As reações não demoraram, com condenações à ação que muitos consideraram desrespeitar a história e o património do país. De acordo com o jornal local Al-Alhram, depois de as autoridades locais terem sugerido a falsidade da gravação, o ministro disse já ter dado início a uma investigação sobre a mesma.

É uma das setes maravilhas do mundo antigo e serviu de cenário para a mais recente polémica. No caso de se confirmar que o vídeo é real, as autoridades tentarão perceber como foi possível subirem sozinhos a estrutura de 140 metros de altura e irão castigar qualquer funcionário que foi negligente e o terá permitido.

O ministro reforçou ser "estritamente proibido" subir ao cima das pirâmides.

O nome do dinamarquês Andreas Hvid surgiu imediatamente na linha da frente. Foi o fotógrafo responsável pelas fotografias que correram o mundo através das redes sociais e rapidamente desmentiu que o casal tivesse feito sexo no topo da pirâmide, mas apenas a posar para a sessão de fotografias.

Em cima de pirâmides ou arranha-céus. A verdade é que não é a primeira vez que Hvid publica imagens de figuras nuas e é até conhecido por o fazer em locais incomuns por todo o mundo no seu site. Na descrição do seu vídeo de YouTube, o dinamarquês diz ter ficado escondido durante horas, até subir ao topo, escondendo-se dos "muitos guardas". Ainda em declarações ao jornal Ekstrabladet, diz que subir a pirâmide foi como a concretização de um sonho que idealizava "há muito anos". Por isso, diz ter ficado "triste por tantas pessoas ficaram tão zangadas". Contudo, e contra a corrente, conta que recebeu "uma resposta positiva de muitos egípcios".

Já em 2016, um adolescente alemão foi banido do Egito para a vida depois de subir a Grande Pirâmide para tirar fotos e vídeos. Contudo, conseguiria evitar uma pena de prisão de três anos depois de as autoridades decidiram não processá-lo. Um ano depois, um outro cidadão turco foi temporariamente detido pela polícia por escalar o antigo monumento egípcio.

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