"É difícil Portugal organizar um Mundial sozinho"

Presidente da FIFA abre a porta à organização em parceria com outros países. Perante a plateia não poupou o seu antecessor no cargo, sem nunca o nomear
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Gianni Infantino, presidente da FIFA, encerrou o Football Talks 2017 mas foi na zona mista que deu uma notícia menos boa aos adeptos do futebol português.

"É muito difícil Portugal organizar um Mundial sozinho, mas abrimos a porta a organizações conjuntas. Queremos um Mundial sustentado em que os estádios possam ser utilizados posteriormente."

Lá dentro, perante a plateia, falou de uma forma crítica sobre o passado da FIFA que preside de há 13 meses a esta parte.

"Temos que ser profissionais no que fazemos e não apenas falar sobre boa governação, mas vivê-la também. A FIFA passou por uma altura muito difícil, os anos mais escuros da FIFA, com coisas más que aconteceram. É nossa responsabilidade viver a boa governação e a boa transparência. É fácil falar de reformas e criticar, é importante viver tudo isto", referiu o italo-suíço, que não teve problemas em lembrar o consulado Sepp Blatter.

"Há novas regras no Conselho da FIFA, não há o risco de haver quem influencie interesses nas operações. Colocámos pessoas independentes, 50% dos membros dos comités são independentes. Não são membros de confederações, nem amigos deles. Estive 16 anos na FIFA e fiquei confuso por na FIFA haver umas vezes concurso e noutras não. Agora há uma política clara. Não damos envelopes com 500 milhões e dizemos 'organizem o Mundial'. Não temos nada para esconder. Vai sair um balanço com os salários reais, não fingidos", acusou.

E continuou: "Estamos a gastar dinheiro onde deve ser gasto. Antes distribuía-se 400 milhões de dólares pelas 211 nações FIFA. Agora, para os mesmos quatro anos, distribuímos 1,4 milhões de euros."

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