E a Guilda dos Realizadores vai de novo para Iñarritu
Habitualmente é o vencedor do ano anterior dos Directors Guild of America (DGA) quem anuncia o nome do mais recente vencedor. Porém, este sábado em Los Angeles, o realizador mexicano Alejandro González Iñarritu era, simultaneamente, um e outro. Por isso, o prémio foi entregue por Tom Hooper, que venceu o prémio dos seus pares em 2011 com O Discurso do Rei.
Iñarritu tornou-se assim no primeiro realizador a vencer duas vezes seguidas a Guilda dos Realizadores. Ao receber o prémio, o cineasta fez um discurso emotivo com referência ao pai, que morreu há dois anos, e aos latino-americanos no país.
Também Donald Trump apareceu no seu discurso. Contando que antes havia visitado a cozinha do Hyatt Regency Century Plaza Hotel, em Los Angeles, Iñarritu dizia: "Havia mais de 120 mexicanos na cozinha que nos servem comida quente, e essa foi a melhor festa que tive". A rir, acrescentou: "Deixem-me dizer-vos que estas não são, de todo, as pessoas que Donald Trump descreveu."
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The Revanant (O Renascido, em português), que valeu o prémio a Iñarritu, é protagonizado por Leonardo di Caprio e conta já 12 nomeações para os Óscares, que se realizam a 28 de fevereiro.
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Anteriores vencedores da Guilda dos Realizadores já provaram a relação que existe entre este prémio e aquele que a Academia americana atribui ao melhor realizador. Iñarritu é, aliás, um deles. O mexicano venceu no ano passado a Guilda dos Realizadores com Birdman (2015) e, logo depois, o Óscar de melhor realizador. Nos 68 anos do prémio contam-se, aliás, apenas sete casos em que os dois prémios não coincidiram.
O realizador mexicano já recebeu este ano o Globo de Ouro para melhor realizador (entre os três que The Revenant venceu) e está nomeado para os prémios britânicos Bafta.