Duplo campeão olímpico suspenso três anos por doping

O fundista estónio Andurs Veerpalu, duplo campeão olímpico na prova dos 15km, foi suspenso por três anos pela Federação Internacional de Esqui, devido a um controlo de doping positivo em que foi detectada hormona de crescimento.
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Em comunicado, a Federação Internacional de Esqui (FIS, sigla original em francês) explicou que o seu tribunal antidopagem considerou que o estónio violou as regras antidoping. "Andrus Veerpalu testou positivo por uso de hormona de crescimento humano [hGH] recombinante, durante um controlo de dopagem fora de competição, a 29 de Janeiro de 2011, em Otepää. O atleta é inelegível para participar em qualquer evento ou actividade autorizado ou organizado pela FIS ou por qualquer associação nacional de esqui, pelo período de três anos, até 23 de Fevereiro de 2014", anunciou o organismo internacional, adiantando que o acórdão é possível de recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) nos próximos 23 dias.

O esquiador, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Salt Lake City 2002 e Turm 2006, tem 40 anos de idade e retirou-se da competição, em Fevereiro. Mas Veerpalu e a federação de esqui do seu país já anunciaram que vão recorrer para o TAS, ainda que a sanção tenha efeitos apenas simbólicos. "A FIS não teve em conta os argumentos apresentados pela nossa equipa ou pelos nossos cientistas e iremos provar que não sou culpado. Há mais um atleta que está actualmente a contestar na justiça esse teste [de detecção da hGH recombinante] Não há razão para parar agora porque estou convencido que não fiz nada de errado", afirmou o esquiador em comunicado.

O esquiador anunciou o fim da sua carreira a 23 de Fevereiro, explicando que tomou a decisão depois de uma virose o ter obrigado a desistir de participar em mais uma edição dos campeonatos do mundo, competição na qual conquistara duas medalhas de ouro (2001 e 2009). Mas, na data em que fez o surpreendente anúncio, Veerpalu já sabia que as análises realizadas no dia 14 de Fevereiro tinham detectado valores elevados de hGH. A contra-análise efectuada em Abril confirmou os resultados.

O esquiador sempre negou ter usado substâncias dopantes e conseguiu convencer não só o público do seu país como também os organismos disciplinares da federação local. Quando o caso foi levado perante o tribunal antidoping da FIS, a equipa de defesa de Veerpalu focou-se essencialmente nas alegadas deficiências e incertezas da metodologia usada para despistar a dopagem com hGH.

Contudo, segundo a ERR, televisão pública estónia, o painel da FIS considerou que a substância não podia ter entrado de forma acidental no corpo do atleta, como acontece com ingredientes de medicamentos comuns, mas apenas com a ajuda de profissionais de saúde ou outras pessoas com habilidades especializadas.

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