Dubai condena mãe por morte de feto em acidente

O tribunal do Dubai, com base na lei islâmica, considerou que os direitos dos fetos precisam de ser protegidos. Posto isso, condenou uma libanesa pela morte do seu feto de nove meses em consequência de um acidente de carro.
Publicado a
Atualizado a

Uma libanesa, grávida de nove meses, teve um acidente de carro no Dubai de que resultou a morte do feto. Levada a tribunal, este – numa decisão inédita no país - considerou que ela era culpada de homicídio involuntário e condenou-a a pagar uma “multa de sangue” de 5.450 dólares.

O acidente, que aconteceu em Outubro de 2008, envolveu vários carros e, segundo o tribunal, a libanesa é responsável pela morte do feto porque ia ao volante e não manteve entre o seu veículo e o da frente a distância exigida pela segurança.

A mulher afirma não ter sido a causadora do acidente mas, segundo o jornal The National, ao travar, o seu carro foi batido pelo que seguia imediatamente atrás. O juiz, que decidiu com base na charia (lei islâmica), considerou que os direitos dos fetos precisam de ser protegidos. O feto em causa morreu após ter sido cortado o cordão umbilical.

Salah Bu Farousha, responsável pela acusação, defendeu que as mulheres no terceiro trimestre da gravidez não devem conduzir para proteger a sua vida e a do feto.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt