Duas primeiras damas cantoras juntas ao jantar

A norte-coreana Ro Sol-ju e a sul-coreana Kim Jung-sook dedicavam-se ambas à música antes de casarem. Estarão as duas presentes no jantar que encerra a cimeira entre as duas Coreias.
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Uma tem 20 e poucos anos e dela pouco se sabe, a outra anda pelos 60 e é conhecida pela personalidade forte. À primeira vista pouca coisa une as mulheres do líder norte-coreano, Kim Jong-un, e do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, a não ser a paixão pela música.
Tanto Ri Sol-ju como Kim Jung-sook eram cantoras profissionais antes de conhecerem os maridos. Ambas estarão hoje presentes no jantar que encerra a primeira cimeira inter-coreana em 11 anos.

Jovem, bela e elegante, Ri Sol-ju tem sido presença frequente ao lado de Kim Jong-un. O casal esteve recentemente em Pequim para uma cimeira com o presidente Xi Jinping cuja mulher, Peng Liyuan, também foi cantora.

Ri terá casado com Kim em 2009 e o casal terá três filhos, mas só em 2012 foi pela primeira vez apresentada como a mulher do líder de um dos países mais fechados do mundo. Antes disso cantou no grupo musical Unhasu, cujos elementos são escolhidos com base nos dotes vocais, no aspeto e na fidelidade ao regime.

Apaixonada por moda, Ri tem-se imposto como primeira-dama, num contraste total com o que acontecia com as mulheres dos líderes anteriores da Coreia do Norte, o pai e o avô de Kim Jong-un. E até surgiu descrita nos media oficiais como "a primeira-dama respeitada".

Aos 63 anos, a sul-coreana Kim Jung-sook cantou no coral da câmara de Seul antes de casar e passar a cuidar dos dois filhos. Enquanto Moon Jae-in se ia impondo na política da Coreia do Sul, a mulher afirmava-se pela natureza extrovertida que não podia ser mais diferente do perfil calmo e discreto do marido.

Já primeira dama, Kim não hesitou em dar mostras públicas do seu talento musical. Numa visita às Filipinas até interpretou o famoso Gangnam Style do cantor sul-coreano Psy.
Moon e Kim conheceram-se na universidade onde ela estudava canto clássico e ele tirava Direito ao mesmo tempo que militava contra a ditadura militar.

O presidente sul-coreano garante ter-se apaixonada quando Kim cuidou dele depois de ele ser atingido por uma granada de gás lacrimogéneo, tendo depois ficado ao seu lado quando passou uma temporada na prisão. E não hesitou em desafiar a oposição dos pais para casar com o filho de refugiados do Norte.

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