Drogas sociais também têm efeitos dopantes
No total dos testes positivos registados no desporto português em 2010, 41% deveu-se a canabinóides e 24% a estimulantes. Ainda que sejam o reflexo da sociedade actual, estas substâncias, que têm efeitos nefastos a longo prazo, também podem manipular o desempenho desportivo.
A cocaína, por exemplo, é o estimulante natural mais potente: dá uma sensação inicial de "hiperestimulação, redução da fadiga e clarividência mental", mas o efeito transforma-se rapidamente em extremo cansaço. As anfetaminas, também estimulantes, são usadas para aumentar a agressividade em campo, a concentração, disfarçar o cansaço ou controlar o peso. A heroína e a morfina, ambas narcóticos, reduzem a actividade cerebral e a sensação de dor. Os canabinóides (haxixe, marijuana, etc) podem ser usados em pequenas doses para diminuir a ansiedade e o nervosismo, mas em geral têm efeitos secundários - perda de coordenação motora e de capacidade de reacção - que colocam em risco os atletas e os seus adversários.