Dragão desfalcado em fase crítica: quem rende Danilo?

Médio-defensivo sofreu rotura muscular e deve parar um mês. Herrera e Reyes são alternativas viáveis, aponta António Sousa
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Danilo ainda só tinha descansado em quatro dos 32 jogos de 2017-18. Agora, deverá falhar quase o dobro, desfalcando o FC Porto numa fase crítica da temporada (que inclui duelos com Sporting e Liverpool, para a Taça de Portugal e a Liga dos Campeões). O clube revelou ontem que o médio sofreu uma "rotura muscular dos gémeos da perna esquerda" - mazela que obriga, habitualmente, a um mês (ou mais) de paragem. Herrera e Reyes "são as opções mais viáveis" para substituí-lo, aponta António Sousa, treinador e ex-jogador azul e branco.

A ressonância magnética realizada confirmou o pior cenário para Danilo e para o FC Porto. O médio, um dos futebolistas mais utilizados esta temporada na equipa portista (apenas Marcano, Aboubakar e Brahimi, com 31, e Alex Telles, com 30, somam mais partidas), saiu lesionado ao minuto 11 do encontro de quarta-feira, das semifinais da Taça da Liga, com o Sporting. E estima-se que possa ter pela frente um mês de paragem (cenário habitual nestas lesões), numa fase crucial da época.

Até final de fevereiro, os dragões terão pela frente Moreirense (próxima terça-feira, dia 30), Sp. Braga (3/2), Desp. Chaves (11/2), Estoril (21/2) e Portimonense (25/2), para a I Liga, Sporting (7/2), para a 1.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal, e Liverpool (14/2), para a 1.ª mão dos oitavos-de-final dos Campeões. "É uma lesão que surge numa altura complicada, pelo avolumar de jogos consecutivos e muito importantes que o FC Porto terá pela frente, não só para o campeonato mas também para a taça e a Champions", explica, ao DN, António Sousa, que representou a equipa portista entre 1979 e 1984 e de 1986 a 1989.

"Danilo é uma baixa de peso, que faz muita falta", acrescenta o antigo jogador e treinador. Pêndulo e tampão do meio-campo azul e branco, o internacional português pegou de estaca no onze da equipa desde que chegou ao Dragão, no defeso de 2015: só falhou sete dos 52 jogos do FC Porto em 2015-16 e oito das 49 partidas em 2016-17. "A equipa está estruturada com ele: é mesmo uma peça fundamental. O plantel está recheado de outras unidades capazes de colmatar a sua ausência, mas não é a mesma coisa...", nota, ainda, António Sousa.

No entanto, agora, levanta-se a questão: quem rende Danilo? Para o antigo jogador, a resposta poderá variar "em função do adversário" que o FC Porto tiver pela frente, mas Herrera e Reyes partem na linha da frente. O primeiro "será quem mais qualidades terá" para encaixar na posição 6 - eventualmente, criando uma vaga para a entrada de Sérgio Oliveira, André André ou Óliver Torres no onze titular (Otávio continua a recuperar de lesão, fazendo apenas treino condicionado e trabalho de ginásio). E o segundo "também tem experiência no lugar, que já ocupou em jogos anteriores". Ambos "são as opções mais viáveis", conclui António Sousa.

De resto, para os portistas, fica a expectativa de que Danilo volte rapidamente: afinal, o ciclo infernal de 12 desafios em 52 dias (iniciado há uma semana, com a receção ao Tondela) só se conclui a 11 de março (visita a P. Ferreira, data provisória) e inclui novos jogos com Sporting (2/3, I Liga) e Liverpool (6/3, Liga dos Campeões).

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