Dragão começou por arrasar em San Siro, mas volta a casa só com um ponto no bolso

O FC Porto impôs a sua lei em Milão, colocou-se em vantagem por Luis Díaz e podia ter alcançado um resultado histórico. Só que um autogolo de Mbemba ditou o 1-1 final, que foi injusto para a equipa de Sérgio Conceição.
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Soube a pouco. O FC Porto empatou 1-1 esta quarta-feira, em San Siro, com o AC Milan em jogo da 4.ª jornada do grupo B da Liga dos Campeões. Um resultado que mantém a equipa de Sérgio Conceição na luta pelo apuramento para os oitavos-de-final, mas que, feito o balanço da partida, podia ter sido bem melhor. Afinal, os portistas foram quase sempre melhores, chegaram ao golo bem cedo por Luis Díaz, desperdiçaram várias oportunidades para consolidar a vantagem e acabaram por sofrer o empate num lance infeliz de Mbemba, numa das raras oportunidades dos italianos.

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Num jogo em que, se tivesse vencido, o FC Porto garantiria desde logo a continuidade nas provas da UEFA em 2022, afastando desde logo o Milan dessa luta, o empate acaba por deixar os dragões a precisar de somar pontos em Liverpool e na receção ao Atlético de Madrid no fecho da fase de grupos.

O FC Porto teve um início de jogo demolidor, surpreendendo por completo a equipa italiana. Uma pressão muito alta - logo à saída da área do Milan -, poderosa e agressiva, sempre à procura de conseguir fazer rápidas trocas de bola para levar chegar a bola à esquerda, ao endiabrado Luis Díaz.

O colombiano punha verdadeiramente a cabeça em água aos defesas rossoneri, mas não era o único... Marko Grujic foi um autêntico joker de Sérgio Conceição, afinal o treinador portista ia deixá-lo no banco de suplentes, mas como Mateus Uribe se ressentiu de uma lesão no aquecimento, eis que o médio sérvio avançou para o onze. E a verdade é que depressa se tornou o elemento desestabilizador no onze do FC Porto, graças à alta rotação que imprimiu, mas sobretudo por estar sempre bem colocado, o que lhe permitiu recuperar muitas bolas.

Foi precisamente a partir de uma ação de Grujic que nasceu o golo do FC Porto logo aos seis minutos. O sérvio roubou a bola a Bennacer já perto da área contrária e foi depois assistir Luis Díaz, que sozinho na esquerda bateu o guarda-redes romeno Tatarusanu.

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O AC Milan, que na Série A italiana partilha a liderança com o Nápoles, estava proibido de perder com os portistas, afinal contabilizava por derrotas os três jogos que disputara na Champions e só um triunfo lhe permitiria manter-se com esperanças na prova.

No entanto, a entrada do FC Porto no jogo deixou a equipa de Stefano Pioli completamente atordoada. Não se entendia com as marcações, com os posicionamentos e com o ritmo que era imposto pelo adversário. Consequência? Via os dragões jogarem e só não foram para o intervalo com mais golos sofridos porque o guarda-redes Tatarusanu fez duas grandes defesas a remates de Grujic e ainda viu a bola rondar com perigo a sua baliza outras três vezes.

A única vez que o FC Porto se sentiu verdadeiramente ameaçado na primeira parte foi quando o avançado francês Olivier Giroud rematou fora da área para uma grande defesa de Diogo Costa. Esse lance foi apenas aos 33 minutos e coincidiu com algum abrandamento do ritmo da partida.

A dúvida que se colocava para a segunda parte era saber se a equipa de Sérgio Conceição iria conseguir manter aquele ritmo louco. Os primeiros minutos mostraram um AC Milan a assumir o jogo e um FC Porto com as linhas mais recuadas, talvez à espera de contra-ataques rápidos que resolvessem o jogo.

E o certo é que foram os dragões a estar muito perto de voltar a marcar, quando Evanilson cabeceou à barra na sequência de um livre estudado. Era um sinal de que os portistas estavam ali para continuar a mandar.

Só que ao minuto 61, na sequência de um livre, a defesa do FC Porto não conseguiu a afastar e a bola sobrou para Kalulu, que rematou cruzado e Mbemba desviou para a própria baliza. Quase sem saber como, o AC Milan chegava ao empate e renascia na partida. Nos minutos que se seguiram, os rossoneri instalaram-se no meio-campo portista, mas estiveram sempre longe de ameaçar a baliza de Diogo Costa. E foi até Mehdi Taremi a estar perto de devolver a vantagem ao FC Porto, não fosse o remate em jeito do iraniano ter saído ligeiramente ao lado.

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A precisar de ganhar, o técnico Stefano Pioli lançou Ibrahimovic para os 15 minutos finais, mas o sueco foi quase sempre apanhado em fora de jogo nos lances em que a bola lhe chegou. Uma dessas jogadas o avançado de 40 anos acabou mesmo por festejar um golo, mas depressa anulado pelo árbitro. Nesse período, o Milan abusava dos cruzamentos para a área e dos lançamentos longos, tal era a falta de ideias da equipa e aí sobressaiu a classe de Pepe, a comandar a defesa portista.

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