Dragagem de urgência em S. Martinho do Porto arranca em junho

Dragagem na barra servirá para repor as condições de acesso dos barcos ao cais
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O Ministério do Mar vai avançar, em junho, com uma dragagem de urgência na barra de S. Martinho do Porto, no concelho de Alcobaça, para repor as condições de acesso dos barcos ao cais, informou hoje a Câmara Municipal.

"Trata-se de uma dragagem de emergência e, por isso, vai decorrer durante a época balnear, visto estar em risco o acesso dos barcos ao cais", explicou à agência Lusa o presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio.

O anúncio do lançamento do "procedimento de contratação pública da empreitada de dragagens de manutenção do Portinho de São Martinho do Porto, com um preço base de 750.000 euros", foi hoje feito pelo Ministério do Mar, através da Direção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos.

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Em comunicado, o Ministério recorda que "desde 2010 não são efetuadas quaisquer obras de dragagem" em S. Martinho do Porto, o que "tem contribuído para o acentuado assoreamento na zona do cais e na barra, com consequências para a segurança de pessoas e bens e impactes económicos na comunidade piscatória".

A intervenção "implica proceder a dragagens na barra, no canal de acesso ao cais acostável e bacia de estacionamento das embarcações", refere ainda o Ministério.

O procedimento foi hoje explicado à população numa reunião pública realizada na Junta de Freguesia de S. Martinho do Porto, durante a qual foi avançada a informação de que as dragagens "deverão começar em junho e prolongar-se durante 90 dias".

Porém, segundo Paulo Inácio, a DGRM "está a tentar que esse prazo seja encurtado para não prejudicar a época balnear e a atividade piscatória".

Em causa está, sobretudo, a apanha de limo, cuja época tem início a 15 de julho e que movimenta cerca de uma centena de trabalhadores. A obra condiciona, igualmente, a atividade de algumas dezenas de embarcações de pesca.

Na reunião, os pescadores "manifestaram preocupação com o facto de o projeto prever a deposição das areias dragadas a cerca de uma milha da entrada da barra", distância que "consideram curta" e que Paulo Inácio adiantou a intenção de "tentar que seja revista".

As dragagens em S. Martinho do Porto inserem-se no plano de obras de manutenção e proteção portuária de maior urgência previstas para 2016 e para as quais o Ministério do Mar inscreveu uma verba de 4,1 milhões de euros.

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