Dois prédios desabam no Rio de Janeiro. Há pelo menos dois mortos
Pelo menos duas pessoas morreram e três ficaram feridas no desabamento de dois prédios de quatro a seis andares hoje na comunidade da Muzema, no bairro de Itanhangá, zona oeste do Rio de Janeiro.
Segundo o Corpo de Bombeiros da região, há pelo menos dois mortos, segundo as primeiras informações da proetção civil, um homem e uma criança, três feridos e 15 pessoas desaparecidas.
Moradores e bombeiros estão a remover os escombros para tentar localizar vítimas.
A comunidade da Muzema foi uma das áreas mais atingidas pelo temporal que caiu no Rio de Janeiro. A cidade está em estado de calamidade desde quinta-feira. O desabamento aconteceu numa das áreas mais elevadas da comunidade, perto da mata.
Uma mulher, em entrevista ao canal Globonews, contou que estava a tentar encontrar a mãe, que pode estar debaixo dos escombros. O padrasto conseguiu sair do prédio. Outro morador, com ferimentos ligeiros e descalço, disse que só ouviu alguns estrondos, viu muito pó e fugiu na hora. Um casal morava no prédio desde há apenas uma semana.
De acordo com testemunhas do bairro, os moradores estavam preocupados com as consequências da chuva desta semana no Rio de Janeiro, que já provocaram dez mortos.
A prefeitura do Rio de Janeiro informou que as construções que desabaram são ilegais.
Segundo a Globonews os prédios foram construídos sob as ordens do chefe da milícia, grupo que substitui a polícia e até o poder público em muitos bairros cariocas, de Muzema. Esse chefe, Major Ronald, ou Tartaruga, como é chamado, está detido desde janeiro e foi interrogado no âmbito do Caso Marielle Franco, a vereadora executada há um ano.
A polícia prendeu no mês passado os dois suspeitos de terem executado o crime, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, ligados à milícia Escritório do Crime, com sede em Rio das Pedras, bairro vizinho de Itanhangá, onde se situa a Muzema.