Dois mortos no festival Boom. Mula de droga internada

Português transportava pelo menos 45 bolotas de haxixe no corpo. Holandês e chinês morreram a caminho do hospital
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No espaço de uma hora no sábado - entre as 17.00 e as 18.00 - três emergências médicas mudaram o decorrer do Boom Festival, em Idanha-a-Nova. Dois estrangeiros acabaram por morrer a caminho do hospital e um português foi internado por transportar droga no corpo. A GNR acredita que os três episódios não estão relacionados.

Os dois homens que se sentiram mal e acabaram por morrer chegaram ao hospital de campanha levados por familiares e amigos. Segundo o relações-públicas da GNR de Castelo Branco, major Patrício, ninguém apontou motivos para o estado de saúde dos dois. "Só a autópsia vai determinar as causas da morte. Não sabemos se está ou não relacionada com drogas." As vítimas são um holandês, de 43 anos, e um chinês, de 30.

Bem diferente foi o internamento do português que também se dirigiu ao hospital de campanha quase ao mesmo tempo. "Chegou lá a dizer que não se sentia bem e que tinha droga no corpo. A organização chamou-nos de imediato ao local. Foi hospitalizado, mas está sob a nossa custódia", explicou o major Patrício. A meio da tarde de ontem já tinham sido retiradas do corpo do jovem cerca de 45 bolotas do que deverá ser haxixe.

Presume-se que o jovem, que terá entre 25 e 30 anos, trabalhe para outros dois indivíduos que têm andado na zona do Boom Festival e que já se encontravam sob vigilância das autoridades.

Os casos só foram divulgados ontem ao início da tarde, mas "aconteceram todos entre as 17.00 e as 18.00 de sábado". Apesar disso, "não parece haver ligações entre eles", indicou a mesma fonte da GNR. A organização do festival, que começou na quinta-feira, emitiu ontem um comunicado em que dá conta de que as vítimas mortais entraram em paragem cardiorrespiratória, mas que as causas das mortes ainda estão por apurar. Mostrou-se ainda disponível para prestar todo o apoio às famílias e às autoridades.

Apesar de o festival ter começado há quatro dias, a operação de fiscalização da GNR na zona já teve início há 14. Até agora foram apreendidas mais de 21 mil doses, um número superior ao do ano passado. Registaram-se também 21 detenções, de portugueses e franceses. O que se explica pelo facto de França ser o país de onde vem a maior parte dos 33 mil participantes deste festival cuja matriz se centra na natureza, na multiculturalidade, mas também na música.

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