Dois mil manifestam-se um ano após morte de 3 curdos
"Justiça e verdade, identifiquem os mandantes", proclama uma faixa da Federação das Associações Curdas de França, que exibe ainda cartazes que evocam um "homicídio político" e retratos dos militantes mortos.
A 09 de janeiro de 2013, Sakine Cansiz, Fidan Dogan e Leyla Saylemez foram encontrados mortos por balas dentro do Centro de Informação Curda (CIK) em Paris.
Um cidadão turco simpatizante da causa curda, Ömer Güney, foi detido oito dias mais tarde e acusado a 21 de janeiro de 2013 de "homicídio relacionado com uma organização terrorista".
Muitas hipóteses foram referidas para explicar o triplo homicídio: regulação das contas internas do movimento curdo num contexto de abertura de conversações de paz entre o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e Ancara, ato do movimento turco de extrema-direita dos Lobos Cinzentos, assassínio político (tese privilegiada no movimento curdo), ou diferendo pessoal.
As associações curdas exigem "um gesto forte do presidente da República" e que "peça contas ao governo turco na sua próxima viagem à Turquia, no fim de janeiro".
Cerca de 2.500 simpatizantes curdos já se tinham manifestado em Paris a 26 de janeiro 2013.