Dois médicos investigados por homicídio involuntário do futebolista Davide Astori
A Procuradoria de Florença notificou esta segunda-feira dois médicos italianos no âmbito de uma investigação por possível homicídio involuntário do futebolista Davide Astori, da Fiorentina, que morreu em março, aos 31 anos, vítima paragem cardíaca, num hotel de Udine.
Os dois médicos, que trabalham em clínicas de Florença e Cagliari, cidades de clubes que Davide Astori representou, estão sob investigação por terem atestado da condição física do jogador para competir na Série A (primeira divisão italiana).
O internacional italiano morreu em 4 de março, com 31 anos, num quarto de um hotel em Udine, onde estava concentrado com a equipa da Fiorentina, para um encontro do campeonato italiano contra a Udinese, no Dacia Arena.
Uma autópsia realizada em 6 de março confirmou a morte "por desaceleração do batimento cardíaco na noite de sábado (3 de março) para domingo (4 de março).
A morte do ex-capitão da Fiorentina abalou o mundo do desporto italiano e milhares de pessoas, incluindo jogadores, dirigentes, treinadores, políticos e adeptos, que compareceram ao funeral, na Basílica de Santa Cruz, em Florença.
Astori jogou na Série A pelo Cagliari (2008-2014), Roma (2014-2015) e Fiorentina (2015-2018), além de ter sido chamado por 14 vezes à seleção italiana, pela qual marcou na Taça das Confederações, contra o Uruguai, em 2013.
Davide Astori era um líder respeitado e um homem com um grande coração, características que o tornaram capitão de equipa da Fiorentina, clube que representava desde 2015. O defesa central construiu uma carreira assinalável e chegou à seleção italiana com Cesare Prandelli, em 2010, estreando-se num particular com a Costa do Marfim, numa altura em que era considerado um dos melhores jogadores do Cagliari. No total representou a azzurra em 14 ocasiões e marcou um golo, de penálti, frente ao Uruguai, na Taça das Confederações de 2013, no Brasil.
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