Dois dos sete militares da Marinha feridos em Cabo Verde já estão em Portugal

Os militares apresentam um estado de saúde estável, segundo a Autoridade Marítima Nacional.
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Dois dos sete militares da Marinha Portuguesa que sofreram um acidente de viação em Cabo Verde, durante uma visita de lazer, já estão em Lisboa, apresentando um estado de saúde estável, segundo uma nota da Autoridade Marítima Nacional.

Em comunicado, a Marinha Portuguesa adianta que os dois militares foram recebidos pelo Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, e o Chefe do Estado-Maior da Armada, almirante António Mendes Calado.

"Para além dos dois militares que chegaram esta noite a Portugal, os restantes cinco militares da Marinha encontram-se todos estáveis e conscientes. Três já tiveram alta, dois encontram-se ainda em recuperação em unidade hospitalar em Cabo Verde", é referido ainda na nota.

Sete militares da Marinha portuguesa sofreram no sábado um acidente de viação na ilha cabo-verdiana de Santo Antão, durante uma visita de lazer, e foram transportados ao Centro de Saúde de Porto Novo.

Fonte do comando regional de Santo Antão da Polícia Nacional disse à Lusa no sábado que os sete marinheiros tinham chegado à ilha vizinha de São Vicente no dia 28 de outubro, no âmbito de um programa de cooperação com a Guarda Costeira cabo-verdiana, a bordo do navio hidro-oceanográfico D. Carlos I, da Marinha portuguesa.

Tanto os dois militares internados como os dois que regressaram a Lisboa "apresentam um estado de saúde estável e considerado fora de perigo de vida".

"Na sexta-feira viajaram aqui para Porto Novo e hoje dirigiam-se para um sítio turístico chamado Tarrafal de Monte Trigo. Durante o caminho, na estrada, aconteceu o acidente. O condutor da 'pickup' em que seguiam relatou que ficou sem travões, perdeu o controlo e o veículo acabou por capotar", relatou a fonte militar.

O navio hidro-oceanográfico D. Carlos I chegou ao Mindelo, São Vicente, em 28 de outubro, para realizar uma campanha oceanográfica e de controlo de microplásticos ao largo do arquipélago de Cabo Verde.

O navio largou da Base Naval de Lisboa em 18 de outubro de 2021, integrado na Força Nacional Destacada para a missão "Iniciativa Mar Aberto 2021.2", que decorre até 15 de janeiro de 2022.

Em Cabo Verde, a missão do navio da Marinha portuguesa, que prevê ações de cooperação de índole bilateral e multilateral, de presença e diplomacia naval, "contribuindo para a segurança marítima na área de operações correspondente ao espaço geográfico do Golfo da Guiné", contemplou escalas no porto da Praia, este fim de semana, onde recebeu a visita do ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, que esteve na capital cabo-verdiana.

A Força Nacional Destacada é constituída pelo Navio da República Portuguesa (NRP) D. Carlos I, com 51 militares embarcados, integrando ainda uma equipa de mergulhadores e uma equipa de segurança reforçada. Ao longo da missão está previsto o embarque de equipas multidisciplinares de cientistas do Instituto Hidrográfico em Angola e no arquipélago de Cabo Verde.

A "Iniciativa Mar Aberto 2021.2" pretende "contribuir para o conhecimento situacional marítimo, desenvolvimento científico e da segurança cooperativa na costa ocidental africana", na "prossecução de objetivos da política externa nacional na satisfação de compromissos internacionais assumidos por Portugal" perante a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Notícia atualizada às 09.50

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