Documento secreto: Martin Luther King era "marxista de corpo e alma" e "desviante sexual"
O FBI criou em 1968 um dossier sobre Martin Luther King Jr. que foi mantido em segredo até agora. No documento, o ativista dos direitos civis americano é descrito como "um marxista de corpo e alma", com fortes ligações ao Partido Comunista dos EUA, bem como um "desviante sexual".
O ficheiro encontrava-se entre os documentos ligados ao assassinato do Presidente John Fitzgerald Kennedy que foram tornados públicos esta sexta-feira. Segundo a BBC, não é claro por que razão esta pasta estava neste espólio, uma vez que não surge qualquer menção ao presidente assassinado. Os registos mostram que um departamento do FBI acedeu a esta informação em 1994 e que decidiu que deveria manter-se secreta.
O perfil de King aqui traçado é assumidamente resultante de conversas privadas entre fontes anónimas e rumores não confirmados por fontes diretas, pelo que a sua credibilidade é discutível. Todo o documento, aliás, está escrito no sentido de dar uma imagem negativa do homem que recebera o Nobel da Paz quatro anos antes.
Além das acusações atrás referidas, o FBI afirmava que todos os discursos de King eram aprovados previamente por pessoas ligadas ao partido comunista e que a sua organização, a Southern Christian Leadership Conference (Conferência da Liderança Cristã do Sul), era na realidade uma forma de fuga aos impostos.
"King é intelectualmente lento que normalmente não consegue produzir declarações sem a ajuda de alguém", lê-se no documento.
Quanto à sua vida privada, o documento afirma que King tivera pelo menos quatrp relações extramatrimoniais duradouras, uma delas com a cantora joan Baez, que tinha um filho ilegítimos de uma amante na Califórnia e que participara por várias vezes em "orgias sexuais com álcool" nas quais jovens raparigas eram coagidas a participar.
Comportamentos que são descritos no ficheiro como "atividades não naturais", "desviantes" e "aberrantes".