DNA com 30 mil anos identifica grupo desconhecido de humanos

Viveram na Sibéria e poderão ser os ancestrais das populações do norte da América
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Um esqueleto com quase 10 mil anos descoberto na Sibéria veio fazer alguma luz sobre um enigma até hoje sem resposta: quem são os povos ancestrais das populações da América do norte? Resposta que começa a ganhar forma, de acordo com um estudo da Nature agora publicado: um grupo de humanos até agora desconhecido.

por partes "em termos de povoamento das américas ficámos perto do elo perdido", afirmou Eske Willerslev, geneticista da universidade de Copenhaga e co-autor do trabalho publicado na Nature. "Não é o ancestral direto, mas está muito perto", acrescentou.

A tese mais aceite entre a comunidade científica defende que os primeiros humanos chegaram ao norte da américa no último degelo, há cerca de 14 500 anos, através de uma faixa de terra que então ligava o Alasca à Sibéria no que é agora o estreito de Bering. Mas isso diz pouco sobre os antepassados dos nativos americanos - os estudos até realizados até agora, nomeadamente através do DNA, não coseguiram estabelecer uma relação com qualquer dos povos que habitam aquela região.

A equipa de Willerslev fez uma análise ao DNA de dois dentes humanos com 31600 anos encontrados por uma equipa russa num sítio arqueológico na Siberia denominado Yana. Comparado o material genético dos dois dentes com as populações conhecidas da Sibéria, os investigadores chegaram à conclusão que estavam perante um grupo até agora não identificado

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