Djokovic bate Federer e está na final do Open da Austrália
Novak Djokovic venceu nesta quinta-feira o suíço Roger Federer e apurou-se para a final do Open da Austrália, que se realiza no domingo, onde terá como adversário o vencedor do encontro entre Dominic Thiem e Alexander Zverev, agendado para esta sexta-feira de manhã.
No 50.ª confronto contra Federer, numa saga que começou em 2006 no Mónaco, o tenista sérvio foi mais forte e venceu por 3-0 pelos parciais de 7-6, 6-4 e 6-3. O confronto direto entre os dois tenistas está agora em 27-23 a favor de Djokovic, que no domingo vai tentar vencer pela oitava vez o Open da Austrália - conquistou sempre o torneio quando atingiu a final.
Em Grand Slams, Djokovic continua em vantagem nos confrontos diretos com Federer, agora com 11 vitórias e seis derrotas. O sérvio venceu os seis últimos confrontos em torneios deste nível e não é superado pelo suíço desde a edição de 2012 de Wimbledon, nas meias-finais do torneio inglês. Com a eliminação de Rafael Nadal nos quartos-de-final, Novak Djokovic tem agora a possibilidade de chegar ao primeiro lugar do ranking. Mas para isso terá de vencer no domingo a final do Open da Austrália.
Naquela que foi a primeira meia-final em Melbourne Park, Djokovic e Federer disputaram um encontro equilibrado e de bom nível, que acabou por cair para o lado do sérvio e número dois mundial, em três 'sets', pelos parciais de 7-6 (7-1), 6-4 e 6-3.
Apesar de o suíço ter chegado a dispor de uma vantagem de 5-2 na primeira partida, não conseguiu travar a recuperação e os 46 'winners' do sérvio, que regressou à final, tentando conquistar o oitavo troféu do Open da Austrália, 17.º título do 'Grand Slam' da carreira, o que lhe permitirá recuperar a liderança do 'ranking' ATP.
"O encontro podia ter tomado, definitivamente, outro rumo se ele [Federer] tivesse concretizado aqueles 'break points'. Começou muito bem e eu estava bastante nervoso no início. Tenho o maior respeito pelo facto de o Roger ter jogado hoje, ele estava claramente lesionado. Está magoado e nem sequer esteve perto do seu melhor, em termos de movimentação, e, ainda assim, tentou dar o seu melhor", assumiu Djokovic, referindo-se ao problema na virilha que o helvético contraiu nos quartos-de-final.
Na competição feminina, a número um mundial, Ashleigh Barty, e a quarta cabeça-de-série, Simona Halep, foram surpreendidas por Sofia Kenin e Garbiñe Muguruza, respetivamente, e acabaram por se despedir do 'major' dos antípodas.
A jogar a primeira meia-final de um torneio do 'Grand Slam', a norte-americana Kenin eliminou a jogadora da casa, Barty, num duelo muito equilibrado e decidido em dois 'sets', por 7-6 (8-6) e 7-5, para se tornar, aos 21 anos, a mais jovem tenista a disputar a final do Open da Austrália, desde Ana Ivanovic, em 2008.
"Estou sem palavras. Sonho com isto desde os meus cinco anos e trabalhei bastante para chegar aqui. Vou jogar a final de um torneio do Grand Slam. É uma honra e um privilégio. Taticamente, estive muito bem e ela fez um grande encontro. Foi um duelo de alto nível", afirmou a número 15 mundial.
A próxima adversária de Kenin será a espanhola Garbiñe Muguruza, que impôs uma derrota à romena Simona Halep, finalista da prova em 2018, em dois renhidos 'sets', pelos parciais de 7-6 (10-8) e 7-5, depois de ter evitado quatro 'set points' no primeiro parcial e de ter estado em desvantagem (5-3) no segundo.
"Não pensei que estava em desvantagem, só pensei em continuar porque as minhas oportunidades iriam surgir em algum momento. Sabia que defrontar Simona seria um desafio complicado, por isso tentei lutar com toda a minha energia", assegurou a antiga líder do 'ranking' WTA e atual 32.ª classificada.