Neste ano, as homenagens às vítimas dos ataques terroristas do 11 de Setembro de 2001 terão mais um local além do Memorial do Pentágono (Washington), cemitério de Arlington (Virgínia), Memorial do Voo 93 (Pensilvânia) e Museu e Memorial do 11 de Setembro (Nova Iorque), onde antes se erguiam as Torres Gémeas do World Trade Center. Em homenagem a todos aqueles que "ficaram feridos, doentes, a morrer", bem como para as suas famílias e amigos, nasceu em maio a Memorial Glade (Clareira do Memorial)..Os arquitetos que desenharam o Museu e Memorial, Michael Arad e Peter Walker, conceberam esta extensão, um percurso ladeado por seis monólitos e com aço reutilizado dos destroços.."Só temos de reconhecer que também houve outras [vítimas], disse à AP Joanna Reisman, viúva de um bombeiro que morreu de cancro no cérebro três anos depois de ter estado nos escombros das torres. .Além do balanço de mais de 2600 mortos e mais de 6000 feridos no colapso dos arranha-céus, o número de vítimas continua a aumentar devido aos casos de cancro e de outras doenças graves, como as pulmonares, ligadas à nuvem tóxica que pairou durante semanas sobre o sul de Manhattan. Dezenas de milhares de bombeiros, polícias e voluntários mobilizados no local foram os primeiros a sofrer. Em 2011, um estudo publicado na revista The Lancet mostrou que enfrentavam riscos crescentes de cancro..Cerca de dez mil foram identificados como tendo cancro pelo Programa de Saúde do World Trade Center, um programa federal para sobreviventes dos ataques..Em junho, uma delegação composta por socorristas sobreviventes e pelos ativistas Jon Stewart (o ex-apresentador do The Daily Show) e John Feal (mutilado num acidente nas operações do Ground Zero não teve direito a indemnização) foi falar ao Congresso. O discurso emocionado de Stewart, bem como do socorrista Luis Alvarez (entretanto falecido), perante um comité despido de congressistas, causou uma onda de indignação..No dia seguinte, o comité de Assuntos Judiciais do Congresso aprovou, por unanimidade, a extensão do fundo, no sentido de oferecer aos polícias, bombeiros e voluntários do 11 de Setembro e semanas seguintes toda a ajuda médica necessária até 2090 através de um fundo de compensação federal..No final de julho, Donald Trump ratificou a lei. O fundo será regularmente reforçado, depois de ter esgotado o orçamento inicial de 7,3 mil milhões de dólares, com uma compensação média de 240 mil dólares por doente e 682 mil dólares por falecido..Moradores e trabalhadores na lista de doentes.Mas não foram só os socorristas a sofrer as consequências do ataque da Al-Qaeda. Por exemplo, Jacquelin Febrillet tinha 26 anos e trabalhava a dois quarteirões do World Trade Center quando os dois aviões tomados pelos terroristas atingiram as Torres Gémeas. Em 2016, a sindicalista e mãe de três filhos foi diagnosticada com cancro metastático. Ou Richard Fahrer. Hoje com 37 anos, trabalhou em Manhattan como topógrafo de 2001 a 2003. Há ano e meio, na sequência de dores de estômago, foi diagnosticado com cancro do cólon..Jacquelin Febrillet e Richard Fahrer lamentam o facto de Nova Iorque não ter feito mais, após os ataques, para proteger os residentes do bairro. "Poderia ter havido mais esforços para limitar a exposição de pessoas saudáveis e impedi-las de entrar na área do desastre", disse Fahrer. Já Febrillet aponta a prioridade de que "a cidade voltasse ao normal" sem nunca revelarem as possíveis consequências para a saúde..Febrillet ou Fahrer estão entre as pessoas que à época trabalhavam ou viviam no sul de Manhattan. Até ao final de junho, mais de 21 000 estavam inscritas no programa de saúde - o dobro em relação a junho de 2016. E destas 21 000 quase 4000 foram diagnosticadas com cancro, sendo o cancro da próstata, mama ou pele o mais comum..À AFP, o diretor médico dos bombeiros de Nova Iorque, David Prezant, explica que, apesar de ser "impossível determinar a causa exata [de um cancro] para um indivíduo específico, porque nenhum exame de sangue tem o carimbo WTC", vários estudos mostraram que "a taxa de cancro aumentou entre 10% e 30% nas pessoas expostas". Essa taxa deve aumentar no futuro, sustenta, devido ao envelhecimento das pessoas expostas e à natureza de alguns cancros, como o do pulmão ou o mesotelioma, que levam 20 a 30 anos para se desenvolver.."Nunca houve um ataque comparável ao do 11 de Setembro", diz o advogado Matthew Baione, que representa Febrillet e Fahrer nos seus esforços de indemnização. "Ninguém poderia prever o que aconteceria com milhares de milhões de toneladas de materiais de construção queimados por 99 dias", que libertaram quantidades sem precedentes de produtos químicos, incluindo dioxinas, amianto e outros carcinogénicos, no ar..Talibãs na véspera.As comemorações foram atingidas pela polémica neste ano, na sequência de o presidente Donald Trump ter anunciado a sua intenção de realizar reuniões secretas com líderes dos talibãs, o grupo fundamentalista afegão que apoiou Osama bin Laden no 11 de Setembro. As conversações, que teriam lugar em Camp David, foram suspensas depois de os talibãs terem reivindicado a responsabilidade por um atentado suicida em Cabul que matou 12 pessoas, incluindo um militar americano..Os planos de convidar uma organização terrorista para o encontro histórico, dias antes do 11 de Setembro, foram condenados, inclusive por membros do Partido Republicano..Bonés de basebol.Além das comemorações oficiais, a liga de basebol vai assinalar o 18.º aniversário dos ataques terroristas com homenagens antes dos jogos e bonés especiais. No Citi Field, em Queens, o New York Mets recebe o Arizona Diamondbacks..Jogadores, bombeiros e polícias de Nova Iorque juntam-se em campo antes do jogo. Noutras 14 cidades também há momentos de evocação das vítimas e um minuto de silêncio. Os bonés de jogo usados por jogadores, treinadores e árbitros terão emblemas do 11 de Setembro e esse modelo especial vai estar à venda. As receitas revertem a favor dos memoriais.
Neste ano, as homenagens às vítimas dos ataques terroristas do 11 de Setembro de 2001 terão mais um local além do Memorial do Pentágono (Washington), cemitério de Arlington (Virgínia), Memorial do Voo 93 (Pensilvânia) e Museu e Memorial do 11 de Setembro (Nova Iorque), onde antes se erguiam as Torres Gémeas do World Trade Center. Em homenagem a todos aqueles que "ficaram feridos, doentes, a morrer", bem como para as suas famílias e amigos, nasceu em maio a Memorial Glade (Clareira do Memorial)..Os arquitetos que desenharam o Museu e Memorial, Michael Arad e Peter Walker, conceberam esta extensão, um percurso ladeado por seis monólitos e com aço reutilizado dos destroços.."Só temos de reconhecer que também houve outras [vítimas], disse à AP Joanna Reisman, viúva de um bombeiro que morreu de cancro no cérebro três anos depois de ter estado nos escombros das torres. .Além do balanço de mais de 2600 mortos e mais de 6000 feridos no colapso dos arranha-céus, o número de vítimas continua a aumentar devido aos casos de cancro e de outras doenças graves, como as pulmonares, ligadas à nuvem tóxica que pairou durante semanas sobre o sul de Manhattan. Dezenas de milhares de bombeiros, polícias e voluntários mobilizados no local foram os primeiros a sofrer. Em 2011, um estudo publicado na revista The Lancet mostrou que enfrentavam riscos crescentes de cancro..Cerca de dez mil foram identificados como tendo cancro pelo Programa de Saúde do World Trade Center, um programa federal para sobreviventes dos ataques..Em junho, uma delegação composta por socorristas sobreviventes e pelos ativistas Jon Stewart (o ex-apresentador do The Daily Show) e John Feal (mutilado num acidente nas operações do Ground Zero não teve direito a indemnização) foi falar ao Congresso. O discurso emocionado de Stewart, bem como do socorrista Luis Alvarez (entretanto falecido), perante um comité despido de congressistas, causou uma onda de indignação..No dia seguinte, o comité de Assuntos Judiciais do Congresso aprovou, por unanimidade, a extensão do fundo, no sentido de oferecer aos polícias, bombeiros e voluntários do 11 de Setembro e semanas seguintes toda a ajuda médica necessária até 2090 através de um fundo de compensação federal..No final de julho, Donald Trump ratificou a lei. O fundo será regularmente reforçado, depois de ter esgotado o orçamento inicial de 7,3 mil milhões de dólares, com uma compensação média de 240 mil dólares por doente e 682 mil dólares por falecido..Moradores e trabalhadores na lista de doentes.Mas não foram só os socorristas a sofrer as consequências do ataque da Al-Qaeda. Por exemplo, Jacquelin Febrillet tinha 26 anos e trabalhava a dois quarteirões do World Trade Center quando os dois aviões tomados pelos terroristas atingiram as Torres Gémeas. Em 2016, a sindicalista e mãe de três filhos foi diagnosticada com cancro metastático. Ou Richard Fahrer. Hoje com 37 anos, trabalhou em Manhattan como topógrafo de 2001 a 2003. Há ano e meio, na sequência de dores de estômago, foi diagnosticado com cancro do cólon..Jacquelin Febrillet e Richard Fahrer lamentam o facto de Nova Iorque não ter feito mais, após os ataques, para proteger os residentes do bairro. "Poderia ter havido mais esforços para limitar a exposição de pessoas saudáveis e impedi-las de entrar na área do desastre", disse Fahrer. Já Febrillet aponta a prioridade de que "a cidade voltasse ao normal" sem nunca revelarem as possíveis consequências para a saúde..Febrillet ou Fahrer estão entre as pessoas que à época trabalhavam ou viviam no sul de Manhattan. Até ao final de junho, mais de 21 000 estavam inscritas no programa de saúde - o dobro em relação a junho de 2016. E destas 21 000 quase 4000 foram diagnosticadas com cancro, sendo o cancro da próstata, mama ou pele o mais comum..À AFP, o diretor médico dos bombeiros de Nova Iorque, David Prezant, explica que, apesar de ser "impossível determinar a causa exata [de um cancro] para um indivíduo específico, porque nenhum exame de sangue tem o carimbo WTC", vários estudos mostraram que "a taxa de cancro aumentou entre 10% e 30% nas pessoas expostas". Essa taxa deve aumentar no futuro, sustenta, devido ao envelhecimento das pessoas expostas e à natureza de alguns cancros, como o do pulmão ou o mesotelioma, que levam 20 a 30 anos para se desenvolver.."Nunca houve um ataque comparável ao do 11 de Setembro", diz o advogado Matthew Baione, que representa Febrillet e Fahrer nos seus esforços de indemnização. "Ninguém poderia prever o que aconteceria com milhares de milhões de toneladas de materiais de construção queimados por 99 dias", que libertaram quantidades sem precedentes de produtos químicos, incluindo dioxinas, amianto e outros carcinogénicos, no ar..Talibãs na véspera.As comemorações foram atingidas pela polémica neste ano, na sequência de o presidente Donald Trump ter anunciado a sua intenção de realizar reuniões secretas com líderes dos talibãs, o grupo fundamentalista afegão que apoiou Osama bin Laden no 11 de Setembro. As conversações, que teriam lugar em Camp David, foram suspensas depois de os talibãs terem reivindicado a responsabilidade por um atentado suicida em Cabul que matou 12 pessoas, incluindo um militar americano..Os planos de convidar uma organização terrorista para o encontro histórico, dias antes do 11 de Setembro, foram condenados, inclusive por membros do Partido Republicano..Bonés de basebol.Além das comemorações oficiais, a liga de basebol vai assinalar o 18.º aniversário dos ataques terroristas com homenagens antes dos jogos e bonés especiais. No Citi Field, em Queens, o New York Mets recebe o Arizona Diamondbacks..Jogadores, bombeiros e polícias de Nova Iorque juntam-se em campo antes do jogo. Noutras 14 cidades também há momentos de evocação das vítimas e um minuto de silêncio. Os bonés de jogo usados por jogadores, treinadores e árbitros terão emblemas do 11 de Setembro e esse modelo especial vai estar à venda. As receitas revertem a favor dos memoriais.