O dia 6 de dezembro de 1925 foi um marco para as autoridades portuguesas, que conseguiram desvendar aquela que ficou conhecida como a "Grande Burla", a maior falsificação de notas da história portuguesa. Artur Virgílio Alves Reis foi preso e acusado de ter posto a circular em grande escala no país notas falsas de 500 escudos..O historial de criminalidade do maior burlão português era vasto. Filho de uma família modesta, emigrou para Angola em 1916 para tentar fazer fortuna. Nesse país, fez-se passar por engenheiro, depois de ter falsificado um diploma de Oxford. Com um cheque sem cobertura comprou a maioria das ações da companhia de Caminhos de Ferro Transafricanos de Angola e Moçâmedes..Alves dos Reis regressou a Lisboa em 1922 e depois de mais umas tantas peripécias menos legais, foi preso no Porto, em 1924,, por desfalque e acusado de tráfico de armas. E foi precisamente na prisão que gizou o seu plano mais ousado, que deu origem à fabricação das notas falsas. É preso no dia 6, quando se encontrava a bordo para regressar a Angola. Tinha 27 anos quando foi condenado. Foi libertado em maio de 1945, já durante o Estado Novo e acabou por morrer de ataque cardíaco em 1955.