Despedido agente do FBI que criticou Trump em mensagens privadas
O agente do FBI Peter Strzok, que tem estado debaixo de fogo por criticar Donald Trump em mensagens que vieram a público, oi despedido na passada sexta-feira.
Várias mensagens de Strzok, escritas e enviadas durante a campanha eleitoral de 2016, diziam que Trump nunca chegaria a presidente.
"A decisão de despedir o agente especial Strozk não é apenas um desvio da prática do departamento, como também contradiz o testemunho do diretor Wray perante o Congresso e a garantia de que o FBI pretende seguir o processo habitual neste e em todos os assuntos que dizem respeito aos funcionários", anunciou o advogado de Peter Strzok, Aitan Goelman, esta segunda-feira, citado pela agência Reuters.
Aitan Goelman alega que o seu cliente foi despedido por motivações políticas e que as mensagens enviadas por Strzok estão protegidas pela Primeira Emenda da Constituição dos E.U.A., que aborda a liberdade de expressão.
Goelman acrescentou ainda que o Departamento Federal de Investigação da Responsabilidade Profissional tinha pedido apenas 60 dias de suspensão e a despromoção do investigador.
Peter Strzok recebeu nos últimos tempos várias críticas dos deputados republicanos na sequência de uma troca de mensagens com uma colega, a advogada Lisa Page, durante a campanha eleitoral de 2016. O agente escreveu que Trump nunca se tornaria Presidente dos Estados Unidos.
Pouco tempo depois de ter sido anunciado o despedimento, o Presidente mostrou-se aliviado na rede social Twitter. "A lista de maus jogadores no FBI e no Departamento de Justiça é cada vez maior", escreveu Trump.
Este ano, já foram despedidos o número dois do FBI Andrew McCabe e o o diretor James Comey. Ambos acreditam que deixaram a instituição por serem testemunhas essenciais na investigação sobre a alegada influência russa na vitória de Trump em 2016. Strzok chegou a estar destacado temporariamente no gabinete do procurador especial Robert Mueller, responsável por esta investigação.