Desmantelada em Itália rede de imigração ilegal ligada ao Estado Islâmico

Foram detidos oito suspeitos de pertencerem a uma organização criminosa que introduzia migrantes ilegais na Itália e lhes dava documentos falsos
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A polícia italiana prendeu esta sexta-feira, em Nápoles, oito suspeitos de tráfico humano e falsificação de documentos que pertencem a um grupo criminoso que jurou lealdade ao Estado Islâmico.

Segundo as autoridades, os suspeitos, que são todos estrangeiros, tinham um esquema para levar migrantes ilegalmente para a Itália e fornecer-lhes documentos e contratos de trabalho falsos.

O líder da organização foi identificado como Mohamed Kamel Khemiri, um tunisino de 41 anos que já tinha sido preso por tráfico de droga. O cabecilha do grupo jurou lealdade ao Estado Islâmico e é agora também acusado de associação para fins terroristas e apologia ao terrorismo, segundo o jornal italiano La Reppublica.

"Serei do Estado Islâmico até morrer e se morrer peço que te juntes a mim", afirmou Mohamed Khemiri numa conversa intercetada pela polícia, segundo a Reuters.

"Esta investigação prova que há o risco de pessoas ligadas a jihadistas controlarem também operações de entrada ilegal de pessoas" no país, afirmou o procurador antiterrorismo Franco Roberti.

O procurador Luigi Alberto Cannavale afirmou que o suspeito se radicalizou após ter analisado o conteúdo que Mohamed Khemiri publicava e consultava na internet e nas redes sociais.

Esta quarta-feira, a Itália anunciou que estava a investigar se o Estado Islâmico era o responsável pela passagem de dezenas de milhares de migrantes pelo mar Mediterrâneo.

Mais de 420 mil migrantes chegaram ao sul de Itália pelo mar desde 2014.

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