Desmaios e pânico a bordo obrigam avião a voltar para trás

O voo da American Airlines de Londres para Los Angeles não chegou ao destino porque passageiros e membros da tripulação desmaiaram sem que se percebesse a causa
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Um avião Boeing 777 com destino a Los Angeles declarou emergência médica a meio do voo e voltou para Londres, de onde tinha partido, quando uma assistente de bordo e dois passageiros desmaiaram. Outros seis membros da tripulação do avião da companhia American Airlines também se sentiram indispostos e tiveram tonturas e o pânico instalou-se durante o voo AA 109.

"Uma das assistentes de bordo estava a andar no corredor quando desmaiou. Depois outros seis membros da tripulação disseram que se sentiam tontos e que iam desmaiar. Depois outros três passageiros ficaram mal e pálidos", contou Alan Gray, um dos passageiros. O avião estava a sobrevoar a Islândia quando mudou a rota para regressar à capital britânica.

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À chegada ao aeroporto de Heathrow, equipas de emergência médica e de segurança aguardavam o avião que partiu às 12:05 e regressou às 17:00. "Quando aterrámos o avião foi escoltado por carros da polícia, ambulâncias e bombeiros", contou Gray ao Daily Mail, que explicou também que as autoridades não deixaram os passageiros saírem do avião de imediato: "Ficámos presos durante 45 minutos antes de podermos desembarcar."

Alguns passageiros enquanto esperavam tiraram fotografias para mostrar a ação das equipas de socorro e comunicar com a família.

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Durante este tempo, as bagagens dos passageiros estavam a ser inspecionadas. Sem causa aparente para o mal-estar geral, as autoridades desconfiavam que algum passageiro tivesse algum tipo de substância na bagagem que pudesse ter causado o fenómeno. Segundo o Daily Mail, até um computador portátil com uma bateria danificada ou a verter químicos poderia explicar o que aconteceu.

Quando essa hipótese foi excluída, um profissional entrou no avião e mediu o nível do ar. Um problema no sistema de circulação de ar ou alguma fuga de gás ou substância dos aparelhos no interior do avião, como o forno, passaram a ser as causas mais prováveis. A hipótese de ser uma intoxicação alimentar foi excluída logo à partida pois apenas tinham decorrido quatro horas de voo.

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Por fim, os paramédicos entraram no avião e ajudaram quem se tinha sentido mal. Todos foram atendidos no local e não houve necessidade de levar nenhum dos passageiros ou membro da tripulação para o hospital.

Segundo a equipa de Londres que analisou a qualidade do ar do avião, não foi encontrado qualquer tipo de substância que pudesse causar problemas. As autoridades não sabem o que aconteceu, mas a companhia aérea pediu desculpas aos passageiros e garante que todos foram colocados noutro voo para Los Angeles.

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