"Desculpa patética". Trump volta a criticar mayor de Londres
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump voltou a criticar o mayor de Londres, Sadiq Khan, pelo Twitter esta segunda-feira. Trump já tinha criticado Sadiq no domingo através desta rede social e o mayor não respondeu pois, como afirmou o porta-voz, "tem coisas mais importantes para fazer que responder ao 'tweet' desinformado de Donald Trump".
"Patética desculpa do mayor de Londres Sadiq Khan que teve de pensar rápido no seu depoimento de 'não há razão para alarme'. Meios de comunicação social estão a esforçar-se muito para vender esta ideia", publicou Trump no Twitter esta segunda-feira.
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A "patética desculpa" referida por Trump parece ser o argumento usado por Khan para justificar a frase "não há razão para alarme". Após a primeira crítica de Trump no Twitter, no domingo, o porta-voz de Khan explicou que o mayor estava pedir aos londrinos para não ficarem alarmados quando vissem mais polícias armados na rua e acusou Trump de retirar esta frase do contexto.
"O mayor está ocupado a trabalhar com a polícia, com os serviços de emergência e o governo para coordenar a resposta a este terrível e cobarde ataque terrorista e mostrar liderança e confiança a todos os londrinos e visitantes da nossa cidade", disse o porta-voz de Khan.
"Ele tem coisas mais importantes para fazer do que responder ao 'tweet' mal informado de Donald Trump que deliberadamente tira do contexto as declarações que fez, pedindo aos londrinos para que não ficassem alarmados por verem mais polícia - incluindo agentes armados - nas ruas", continuou o representante do mayor.
Segundo a Reuters, as palavras de Khan no domingo de manhã foram: "os londrinos vão ver um aumento da presença da polícia hoje e durante os próximos dias. Não há razão para alarme. Uma das coisas que a polícia e todos nós temos de fazer é certificarmo-nos de que estamos o mais seguro possível".
"Devemos deixar de ser politicamente corretos e começar a agir pela segurança do nosso povo. Se não formos inteligentes, só ficará pior", escreveu Trump no Twitter no domingo.
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"Pelo menos sete mortos e 48 feridos em ataque terrorista e o 'mayor' de Londres diz que 'não há razão para alarme'", continuou o presidente, num ataque a Khan.
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Também esta segunda-feira Trump prometeu proteger os EUA do "inimigo infante" e criticou o departamento de justiça por não ter defendido a versão mais dura do decreto presidencial anti-imigração que proibia a entrada de cidadãos de alguns países muçulmanos.
"As pessoas, os advogados e os tribunais podem chamar-lhe o que quiserem, mas eu chamo-lhe aquilo de que precisamos e o que é, uma proibição de viajar [e entrar nos EUA]", escreveu Trump no Twitter.
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"De qualquer forma estamos a proibir as pessoas de entrarem nos EUA para manter o nosso país seguro. Os tribunais são lentos e políticos", continuou.
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Desde finais de maio, os Estados Unidos podem exigir aos requerentes de vistos, independentemente da sua nacionalidade, informações sobre a sua identidade e as suas contas nas redes sociais, medida que surge no âmbito do endurecimento da política migratória norte-americana.
Donald Trump intensificou os apelos para a aplicação do seu decreto anti-imigração após os ataques terroristas ocorridos no último fim de semana em Londres.