Desbandada guarda-costeira da Coreia do Sul

A Presidente Park Geun-hye ordenou a dissolução do corpo da guarda-costeira no país na sequência do naufrágio a 16 de abril do navio <i>Sewol</i>, que transportava um total de 476 pessoas a bordo, entre as quais um grupo de 325 alunos e professores do ensino secundário. Cerca de 300 pessoas perderam a vida.
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A notícia foi dada pela própria Presidente numa alocução televisiva, em que Park Geun-hye pediu formalmente desculpas pela tragédia que envolveu a morte confirmada de 286 pessoas, a maioria jovens, permanecendo por encontrar cerca de 20 corpos.

Na ocasião, a dirigente sul-coreana anunciou a criação, a breve trecho, de uma nova agência que substituirá a agora desbandada guarda-costeira. Algumas das missões desta, como policiamento e investigação, serão transferidas para as forças de segurança existentes.

Antes do anúncio, Park Geun-hye participara numa missa na catedral católica de Myeongdong, em Seul, e durante o fim de semana decorreram várias ações promovidas por associações cívicas e sindicatos a exigirem a completa averiguação das causas do acidente e o julgamento dos responsáveis pelas circunstâncias que levaram ao naufrágio do Sewol. Este, que transportava 476 pessoas a bordo, das quais 443 eram passageiros, acabou por adornar e afundar-se na manhã de 16 de abril ao largo da ilha de Jindo.

Desde que foi conhecida a notícia do naufrágio surgiram dúvidas sobre o comportamento do capitão do navio e da maioria dos tripulantes, que procuraram salvar-se e abandonar o Sewol, deixando os passageiros à sua sorte. Alguns aspectos da acção dos responsáveis da guarda-costeira foram também alvo de críticas.

Neste momento, o capitão e outros três membros da tripulação estão acusados de homicídio e nos media sul-coreanos têm surgido com frequência textos de opinião a exigir também a responsabilização da empresa proprietária do navio e do seu presidente.

O naufrágio do Sewol é um dos mais graves acidentes marítimos sucedidos na Coreia do Sul

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