Desafio Morais Sarmento a dizer quando fui "cobarde"
Chamaram-me a atenção para uma entrevista de Nuno Morais Sarmento, publicada na edição de 10 de junho do Diário de Notícias , em que me são feitas referências ofensivas e ameaças de violência física que considero absolutamente intoleráveis. Essas ameaças são, aliás, destacadas num subtítulo com a expressão: "Só me apeteceu dar murros a duas pessoas: Vicente Jorge Silva e Carrilho." Numa passagem do texto pode ler-se: "Nos anos que levo de política, não foi aos que mais contra mim estiveram que me apeteceu dar dois murros na cara. Só me aconteceu nos casos em que senti que revelaram desrespeito, atingiram a família e me levaram a apetecer dar socos: Manuel Maria Carrilho e Vicente Jorge Silva. E foram eles os mais violentos nas críticas? Não. Foram-me dirigidas críticas muito mais violentas, só que foram críticas limpas, sérias e honestas. Aquilo que eles fizeram foi cobarde. E por isso apetecia-me metê-los à minha frente e dizer-lhes: como é agora? Vamos lá então agora ver quem diz e não diz." Como a entrevista é omissa em perguntas e respostas que concretizem as razões de queixa de Morais Sarmento e expliquem os motivos do seu reiterado assanhamento de boxeur , quero lembrar que na minha vida pessoal e profissional como jornalista fui sempre rigorosamente fiel, em todas as circunstâncias, ao respeito pela vida privada e familiar de quem quer que fosse. Nunca, em caso algum, infringi essa regra ética e deontológica elementar - e disso é testemunho toda a minha carreira. Como considero gravemente insultuosas e difamatórias as referências que me são dirigidas, para além das ameaças de agressão física que definem o carácter de quem as faz, desafio Nuno Morais Sarmento a esclarecer onde, quando e como tive o comportamento que ele classifica como «cobarde». Insisto: que ele torne públicos os atentados que por escrito ou oralmente eu cometi contra a sua pessoa privada e respetiva família.
Jornalista