Deputado do partido de Bolsonaro quer adolescentes a trabalhar a partir dos 12

Delegado Waldir, líder parlamentar do PSL, defende que "escola é importante mas eles precisam aprender uma atividade física". Na véspera, estivera no Congresso com coldre à cintura mas sem arma
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"Escola é importante, mas eles precisam aprender uma atividade física", disse o deputado Waldir Soares de Oliveira, também conhecido como Delegado Waldir, líder parlamentar do PSL, o partido do presidente Jair Bolsonaro. Waldir falava durante uma audiência à ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves, na quarta-feira já ao início da noite, em Portugal.

"Porque estamos tendo muita morte de adolescentes e crianças. Eles precisam trabalhar. A partir dos 12 anos precisam ter uma atividade profissional. Não podem ficar mais. A escola é importante, mas eles precisam aprender uma atividade física", foi o raciocínio completo de Delegado Waldir, que já na véspera havia sido notado na Câmara dos Deputados depois de um colega ter denunciado que ele estava a armado na sessão. Waldir, no entanto, provou que estava de coldre à cintura mas sem arma.

A proposta contraria o Estatuto da Criança e do Adolescente, que só permite trabalhos como aprendiz a partir dos 14 anos. Outros tipos de contratação são permitidos depois 16 anos.

Na mesma audiência, o líder do PSL ainda sugeriu que o termo "direitos humanos" fosse retirado do nome do ministério de Damares. "Temos que mudar o nome do ministério de Direitos Humanos [...] não temos que falar em direitos humanos, temos que falar em ministério de direitos de cidadão. A prioridade do Brasil tem que ser o combate à corrupção [...] precisamos economizar para tratar os miseráveis".

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