Martin Patzelt, deputado do partido da chanceler alemã Angela Merkel, acolheu na sua casa em Briesen - próxima de Frankfurt - há cerca de um mês, dois imigrantes da Eritreia, um pequeno país no Corno de África, situado entre a Etiópia e o Sudão, que força os cidadãos a prestar serviço militar. Por norma, os naturais da Eritreia e da Síria adquirem estatuto de refugiados quando pisam solo alemão, o que lhes permite permanecer no país, ao contrário do que acontece com imigrantes clandestinos vindos de outros países da África ou do Médio Oriente..Os dois refugiados, Haben, de 19 anos e Awet, com 24, encontraram-se pela primeira vez com o deputado na igreja católica que este frequenta com a família..Haben e Awet já estão a trabalhar e a ter aulas de alemão. Após a primeira conversa, Patzelt e a mulher decidiram oferecer um jantar aos dois imigrantes, que depois lhes pediram abrigo. Desde então, são tratados como família e dividem até o piso superior da moradia com um dos filhos mais velhos do casal..Para o deputado, os dois refugiados são como filhos, e o objetivo é auxiliá-los até que consigam ter uma vida autónoma..Segundo a BBC, Patzelt terá dito à televisão alemã que é necessário atravessar as pquenas pontes que dão rosto e nome aos refugiados, para que se destaquem da massa anónima. "Se mais pessoas fizessem isto, estariamos num bom caminho", afirmou..No ano passado, Martin Patzelt tinha escrito uma carta aberta à oposição, que pedira mais dinheiro para financiar os refugiados, propondo que os alemães convidassem um ou dois para viver em sua casa..Segundo o deputado, cada refugiado recebe uma mesada de 326 euros, sendo que o Estado alemão lhe garante a ele uma prestação de 100 euros por mês por cada imigrante, para cobrir as despesas. Caso fosse necessário alojar os dois num centro para migrantes, o valor mensal ascenderia aos 2000 euros.