Depois dos Emirados, Bahrein é o próximo país árabe a normalizar relações com Israel

Anúncio foi feito pelo presidente norte-americano esta sexta-feira e surge antes da assinatura oficial do acordo entre o chefe da diplomacia dos Emirados e o primeiro-ministro israelita, na próxima semana.
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O Bahrein vai ser o próximo país árabe a normalizar as relações com Israel, depois de os Emirados Árabes Unidos terem tomado essa decisão há menos de um mês. Tal como a 13 de agosto, o anúncio oficial veio do presidente norte-americano, Donald Trump.

"Outro avanço histórico hoje. Os nossos dois grandes amigos Israel e o Reino do Bahrein acordaram um acordo de paz -- o segundo país árabe a fazer a paz com Israel em 30 dias", escreveu no Twitter.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjanmin Netanyahu, também já anunciou o acordo aos cidadãos de Israel, dizendo-se "comovido" por ter conseguido "um outro acordo de paz com outro país árabe, o Bahrein".

"Este acordo soma-se à paz histórica com os Emirados Árabes Unidos", disse Netanyahu, numa declaração em hebraico.

Khaled al-Khalif, assessor do rei do Bahrein, também já reagiu a este acordo, dizendo, numa mensagem no Twitter, que ele contribui com "segurança, estabilidade e prosperidade" para a região, acrescentando que a iniciativa "envia uma mensagem positiva e encorajadora ao povo de Israel, de que uma paz justa com os palestinianos será a melhor solução.

Noutra mensagem, o presidente dos EUA indicou que o Bahrein estará representado na assinatura oficial do acordo de normalização de relações entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, na próxima terça-feira, em Washington. Media norte-americanos e israelitas dizem que será o príncipe herdeiro do Bahrein, Salman bin Hamad bin Isa Al Khalifa, a viajar.

Os Emirados Árabes Unidos são o terceiro país a normalizar as relações com Israel, depois do Egito (1980) e da Jordânia (1996). O acordo é uma vitória para Trump, que procura dar cartas no Médio Oriente, mas um revés para os palestinianos, apesar de implicar a suspensão da anexação da Cisjordânia por parte dos israelitas.

Desde o anúncio em meados de agosto, os EUA têm pressionado outros países árabes para seguirem o mesmo caminho, tendo sempre em vista o inimigo comum, o Irão. O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, visitou recentemente o Bahrein, mas também o Sudão e Omã.

O Bahrein já autorizou os aviões israelitas com destino aos Emirados Árabes Unidos a sobrevoar o seu território -- tal como a Arábia Saudita fez em relação ao primeiro voo comercial entre os dois países.

Atualizado às 20:06

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