Deitar fora a tralha que não interessa

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"Não tenho nada em minha casa que não possa transportar no meu carro." Devíamos estar em 2003 ou 2004, conversávamos enquanto íamos andando ao longo de uma rua com poucos automóveis e árvores altas despidas de folhas, ladeada por prédios bonitos com casas de grandes janelas, e a frase da minha amiga mexicana, que eu conhecia há pouco tempo, pareceu-me apenas divertida. Falávamos sobre o tamanho das salas que conseguíamos ver para lá dos vidros das janelas, de como eram estupidamente grandes, quando ela disse aquilo. "Vou mudar de casa em breve. Para uma mais pequena." E, para facilitar a mudança, Selene ia novamente aplicar uma regra que já tinha há uns anos: tudo o que lhe entrava em casa e fazia parte do quotidiano dela tinha de caber no carro - e não, não era uma Ford Transit nem uma Toyota Hiace.

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