Defesa Kolo Touré suspenso seis meses por doping

Kolo Touré foi suspenso por seis meses devido a um controlo de doping positivo, anunciou a Associação de Futebol inglesa (FA), sem indicar qual a substância detectada ao defesa costa-marfinense do Manchester City.
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O controlo foi realizado em Março e, com esta sanção, Touré poderá regressar à competição no início da próxima época, diz a AFP. Além de não ter divulgado qual a substância detectada ao defesa, a FA também não adiantou quais as circunstâncias atenuantes que levaram o órgão disciplinar da federação a decidir-se por uma sanção inferior ao normalmente estipulado pelo código mundial antidoping para infracções graves, que pode variar entre dois e quatro anos.

Em Março, o conselheiro de Touré, Valere Gouriso, afirmou ao The Guardian que o jogador "tomou comprimidos da sua esposa para emagrecer": "Queria baixar o seu peso e por isso tomou os comprimidos que a sua mulher usa e afinal havia neles alguma substância que é proibida." A imprensa britânica deu conta na altura que os advogados do defesa iriam argumentar que se tinha tratado de dopagem acidental, que o jogador cometeu um erro e que não sabia que estava a tomar uma substância dopante.

Touré tinha conta ele o facto de, mesmo tratando-se de dopagem acidental, ter cometido uma "ingenuidade grosseira", pois fora aconselhado a não tomar medicamentos ou suplementos não recomendados por médicos conhecedores dos regulamentos antidoping, recomendação dada numa acção de educação levada a cabo no início da época pela FA e pelo sindicado de jogadores.

Além disso, manipular o desempenho no desporto não é apenas aumentar a massa muscular com anabolizantes ou a capacidade de resistência com eritropoietina (EPO); a perda forçada de peso também pode ter influência ao nível da resistência ou da velocidade, por exemplo. E o conselheiro do defesa admitiu que este tomou os comprimidos da mulher porque "queria ter sucesso".

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