DECO defende redução do IVA em lâmpadas mais eficientes

O secretário-geral da organização de Defesa do Consumidor (DECO) considera que a decisão de retirar do mercado as lâmpadas incandescentes é "interessante" mas devia ser acompanhada de benefícios fiscais que incentivasse o consumo de outras lâmpadas.
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A imposição pela União Europeia de proibir a comercialização de lâmpadas incandescentes, que Portugal adopta definitivamente a partir deste mês, "é uma medida com interesse para fazer diminuir a factura da electricidade" disse à Lusa Jorge Morgado.

"Retirar esse tipo de lâmpadas do mercado é fazer com as pessoas tenham obrigatoriamente de comprar as outras e as outras consomem muitíssimo menos e duram muitíssimo mais", acrescentou, sublinhando que a medida é também uma forma de enfrentar os recentes "agravamentos sucessivos do preço da electricidade".

Ainda assim, o secretário-geral da DECO defende que o Governo deveria intervir neste processo de substituição dos hábitos de consumo.

"Era importante ter alguma intervenção do Governo nomeadamente através do IVA", já que "no espaço imediato, o que pode acontecer é que, uma vez que desaparece este tipo de lâmpadas, as outras - as de consumo mais baixo - vão ter um aumento de preço", alertou, sugerindo que "durante algum tempo, por exemplo um ano, essas lâmpadas [as não incandescentes] podiam ter um IVA mais reduzido".

A partir deste mês, as lâmpadas incandescentes de 60 watts deixam de ser comercializadas, passando a ser vendidas apenas as mais eficientes como as florescentes compactas.

A medida insere-se na estratégia da UE para combater o desperdício de energia e as consequentes alterações climáticas.

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