De Eisenhower a Serena Williams - famosos que são (ou foram) Testemunhas de Jeová

O Congresso Internacional das Testemunhas de Jeová encheu o Estádio da Luz em Lisboa durante três dias. Encontro termina este domingo, mas aqui ficam cinco exemplos de famosos que são - ou foram criados como - Testemunhas de Jeová.
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Dwight Eisenhower

O 34.º presidente dos EUA (cargo que ocupou entre 1953 e 1961) cresceu no Kansas, numa casa onde a religião era muito importante. À noite, Ike, como era conhecido, habituou-se a ouvir os pais, menonitas, ler a Bíblia. Mas mais tarde, ambos os pais de Eisenhower tornaram-se Testemunhas de Jeová. Esta fé teve uma forte influência sobre o jovem Ike, mesmo se este nunca pertenceu formalmente a nenhuma religião até 1953. Foi já na Casa Branca, por influência do conselheiro Billy Graham, que foi batizado, passando a integrar a igreja presbiteriana.

Serena Williams

Questionada sobre o que ia fazer para celebrar o primeiro aniversário da filha, Alexis Olympia, Serena Williams respondia aos jornalistas, em agosto de 2018, "somos Testemunhas de Jeová, não fazemos isso". A tenista explicou que a sua religião não acredita em festejar os aniversários, por acreditar que tais "celebrações desagradam a Deus". Nascida em Saginaw, no Michigan, a americana foi criada como Testemunha de Jeová, seguindo a fé da mãe, Oracene, que se converteu no início dos anos 1980. Serena e as quatro irmãs, entre elas a também tenista Venus, não só frequentaram a igreja como andaram a bater às portas para espalhar a palavra de Deus, como a sua religião recomenda. "Tenho de agradecer ao Deus Jeová por isto", exclamou Serena em 2015 após vencer o Open da Austrália.

Prince

Criado como batista, Prince só se converteu às Testemunhas de Jeová em 2001, após a morte da mãe. Foi Larry Graham, músico e amigo da família, quem mais o influenciou a seguir esta religião. Em 2008, o autor de Purple Rain explicava à revista New Yorker "quanto mais ele falava, mais eu percebia a verdade". E o cantor levou a religião mesmo a sério, indo bater às portas em Los Angeles e Minneapolis, num esforço de evangelização. "Por vezes as pessoas ficam surpreendidas, mas a maior parte das vezes são muito simpáticas", explicaria à mesma revista. Em 2009 surgiram notícias de que Prince teria recusado uma operação à anca por a sua religião não permitir as transfusões sanguíneas. Os rumores sobre uma recusa de tratamento médico regressaram na altura da sua morte, em 2016.

Michael Jackson

Testemunha de Jeová praticante, Katherine, a matriarca da família Jackson, criou todos os filhos nesta fé. E Michael, o mais novo, não foi exceção, tendo participado na vida da congregação em criança. Em adolescente não era raro vê-lo a bater às portas com a irmã LaToya. No momento em que lança o álbum Thriller, em 1984, Michael ainda era Testemunha de Jeová, causando uma onda de condenação na congregação. Mais tarde, o cantor acabaria por se afastar desta fé, tal como os irmãos. O pai, Joseph, nunca se converteu. Depois da morte do filho, em 2009, Katherine terá tentado criar os netos como Testemunhas de Jeová. Mas tanto Paris como Prince Michael terão comunicado entretanto à avó que já não vão mais andar de porta em porta para espalhar a palavra de Deus.

Patti Smith

Nascida em Chicago em 1946, Patti Smith foi criada como Testemunha de Jeová. Esses anos deram-lhe um profundo conhecimento da Bíblia, que o pai lia apesar de ser ateu, a mãe é que era religiosa. A cantora, mesmo depois de abandonar a religião, entre os 12 e os 13 anos, continuou a aprofundar esse estudo. "A minha irmã ainda é Testemunha de Jeová", explicou à revista Rolling Stone em 2014, "e falamos a toda a hora. Acredito que há coisas boas em todas as religiões". Em várias entrevistas, Smith recorda como os vizinhos costumavam ameaçá-la, a ela e aos irmãos, quando andavam a bater de porta em porta em missão de evangelização. Mas a paixão pela música acabou por se impor: "Eu não queria ir para o céu se não fosse um céu da arte."

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