De Eanes a Marcelo, Proença de Carvalho reúne ilustres em Lisboa
O livro Justiça, Política e Comunicação Social - Memórias de um Advogado denuncia injustiças nos tribunais, relatando casos passados com figuras públicas e realça a importância vital para a democracia do papel dos media independentes e rigorosos. Na apresentação, o Presidente da República afirmou que o autor é das figuras políticas, sem cargo, "mais relevante das últimas décadas. Como alguém que é excecional suscitou, grandes admirações, ataques e incompreensões. Os portugueses, os que gostam e os que não gostam, devem-lhe muito na defesa da liberdade e democracia".
Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud, indicou que a obra do advogado "é um apelo à coragem de reformar" e enalteceu a coragem do profissional na defesa dos direitos. "A obra assinala tropeções e insuficiências que devemos ultrapassar", destaca a ex-ministra. Por vezes, "a democracia não é garante da justiça", rematou.
Manuel Alegre, que fez parte do painel de apresentação do livro, recordou os tempos de ditadura e a liderança do "processo das armas" por Proença de Carvalho e que "fez da profissão uma advocacia de causas".
Para Miguel Sousa Tavares, também convidado para a apresentar a obra, "o livro merecia um título melhor, menos de advogado e mais de músico", brincou. Destacou o percurso do autor nos media em prol da liberdade. Sousa Tavares reforçou ainda as críticas ao Ministério Público e denunciou "a impunidade dos magistrados", temas referidas pelo autor. E terminou dizendo que "precisamos de líderes de excelência".