Dalila Rodrigues à frente dos Jerónimos, Joaquim Caetano do MNAA
Dalila Rodrigues será a nova diretora do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém, enquanto no Museu Nacional de Arte Antiga o conservador da coleção de pintura, Joaquim Caetano, sucede a António Filipe Pimentel.
Em nota enviada à comunicação social, o Governo agradeceu à "dedicação, empenho e profissionalismo" de Isabel Cruz Almeida, substituída por Dalila Rodrigues enquanto diretora do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém.
"Dalila Rodrigues assume, a partir de amanhã, 14 de maio, o cargo de Diretora do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém. Sucede a Isabel Cruz Almeida, que cessou funções por motivos de reforma", pode ler-se no comunicado do Governo, que agradece a Isabel Cruz Almeida "toda a dedicação, empenho e profissionalismo demonstrados ao longo dos 35 anos em que foi diretora destes dois monumentos nacionais".
Dalila Rodrigues, de 58 anos, foi diretora do Museu Nacional de Arte Antiga e também diretora do Museu Grão Vasco e da Casa das Histórias Paula Rego, além de vogal da administração da Fundação Centro Cultural de Belém, como recorda a nota do ministério.
"Estou honrada com o convite", afirmou Dalila Rodrigues, em declarações à Lusa, escusando-se a prestar mais declarações, acrescentado que fá-las-á "quando tiver um programa para apresentar".
O conservador da coleção de pintura do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), Joaquim Caetano, vai assumir, em junho, o cargo de diretor daquele museu de Lisboa, sucedendo a António Filipe Pimentel, anunciou esta segunda-feira o Ministério da Cultura.
Segundo um comunicado do ministério de Graça Fonseca, Joaquim Oliveira Caetano começou a trabalhar no MNAA em 1991, tendo sido diretor do Museu de Évora entre 2000 e 2010, de onde regressou ao museu da Rua das Janelas Verdes em 2010.
António Filipe Pimentel anunciou em janeiro que deixaria o cargo em junho "por falta de condições" para trabalhar numa instituição que "está no limite das forças".
Ao DN, explicou, na altura, que o MNAA enfrenta um "problema estrutural de recursos humanos a todos os níveis", tendo apenas 68 funcionários, o que já levou a que, por várias vezes, tivesse de encerrar algumas das salas. Outra das suas queixas era em relação ao estatuto de autonomia dos museus.
Na sua opinião, "o que falta efetivamente são condições de trabalho, e que passam pelos recursos humanos, capacidade de financiamento, e agilidade administrativa. São esses os três pilares". "É visível o que conseguimos fazer sem eles, mas no ponto em que o museu chegou, se esses pilares não são fornecidos, nós vamos quebrar tudo o que construímos", alertou Pimentel quando os deputados da Comissão de Cultura visitaram o museu em fevererio, acrescentando que outro aspeto fundamental é a transmissão de conhecimento que os especialistas do museu produzem. "Também é muito importante o financiamento e os recursos humanos para que não se quebre a cadeia de transmissão de conhecimentos", vincou. Estes serão alguns dos problemas que o novo diretor terá de enfrentar.