Da juventude e da guerra

Crítica a "Dunkirk", de Christopher Nolan.
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Que bonito é o início de Dunkirk: a câmara acompanha um jovem soldado inglês, de aparência franzina, que corre em fuga às balas até um extenso areal. Parece uma cena inspirada no cinema mudo, e é de facto a mais límpida nesta longa-metragem que se vai adensando em função da omnipresente trilha musical de Hans Zimmer. Essa grave mas exaustiva pulsação sonora será a principal fraqueza deste último filme de Christopher Nolan, que segue o episódio histórico do resgate do Corpo Expedicionário Britânico das praias de Dunquerque (norte de França), durante a Segunda Guerra Mundial.

E, no entanto, há uma coreografia espacial e narrativa - entre céu, terra e mar - muito apreciável, cuja fisicalidade contém já, para lá das palavras, uma carregada dimensão humana. Nolan não procura a espessura poética, mas é pelo pragmatismo que se aproxima dela.

Classificação: ** Com interesse

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