Custo total de uso dos carros elétricos já é menor que os de gasolina e diesel
O custo total de utilização dos veículos elétricos "já é mais barato" do que os automóveis de combustão, a gasolina ou diesel, afirmou esta terça-feira um especialista do setor, em Lisboa.
André Freire, consultor da LeasePlan Portugal, destacou a importância desse fator para as empresas com frotas automóveis tradicionais que poluem três vezes mais que os carros pessoais e quando já existem "soluções alternativas importantes no horizonte" para esse setor.
Aquele responsável intervinha numa conferência com o tema "Rumo às Zero Emissões em 2030", onde a Câmara Municipal do Porto foi apontada como exemplo das vantagens da opção por veículos elétricos em larga escala.
O vereador Nelson Pinto, outro dos oradores, lamentou que cerca de um terço das viaturas do município 116 num conjunto de 390 - ainda sejam a combustão porque "faltam modelos para cobrir todas as necessidades "da frota camarária.
Já com 70% de carros elétricos e híbridos plug-in, Nelson Pinto referiu que a poupança em combustível ronda os 600 mil euros anuais. Associado a isso estão a redução do ruído, a ausência de emissões de dióxido de carbono e o conforto de utilização sem esquecer, assinalou o autarca, o contributo para o equilíbrio da balança comercial do país (associada à menor importação de petróleo).
António Oliveira Martins, diretor-geral da LeasePlan Portugal, disse não ter uma "visão radical do futuro" automóvel, em que todos os veículos sejam autónomos e elétricos. Mas a mobilidade elétrica, as partilhas de carros e viagens ou os serviços de mobilidade digital são tendências que vão consolidar-se rapidamente, observou.
Tendo a empresa como "objetivo aspiracional" atingir emissões zero no ano 2030, Oliveira Martins assegurou que toda a frota interna da LeasePlan será elétrica já em 2021.
José Rui Felizardo, presidente do Centro de Excelência e Inovação para a Indústria Automóvel (CEIIA), sublinhou que "a quantificação das emissões poupadas" com os veículos elétricos "vai ser um ativo transacionável" e contabilizável para as empresas.