Crónica 9 - O que é português é bom

Campeão Nacional de Todo-o-Terreno em 2016, depois de vários anos a lutar por esse objetivo, o piloto de Portalegre Nuno Matos está apostado em alargar os seus horizontes desportivos já a partir deste ano de 2017. Se em 2010 o piloto partiu para uma aventura internacional que culminou com a conquista da Taça FIA de Bajas T2 a aposta agora chama-se África e Morocco Desert Challenge. Um enorme desafio que Nuno Matos irá fazer aos comandos do seu Opel Mokka Proto tendo a seu lado um outro campeão, Nuno Rodrigues da Silva.
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Hoje era uma especial fácil, muito rápida sem praticamente qualquer tipo de dificuldade. Correu-nos tudo bem. Estou apenas apreensivo se terei penalizado no controlo de velocidade que era de 30Km/h e no carro marcou 31.

Em jeito de balanço quero dizer que estou extremamente satisfeito. Aquilo que era o principal objetivo que era ganhar experiência e cumprir todo o percurso foi claramente cumprido. Conseguimos esse objetivo. Trouxemos o nosso carro até ao fim. Vieram muitas pessoas darem-nos os parabéns pela nossa prestação. Naturalmente que cometemos alguns erros fruto de alguma inexperiência, mas que de futuro iremos tentar evitar repetir. Estas corridas tenho a certeza de que nunca se apresentem de uma única vez. Quero agradecer aos meus patrocinadores pela confiança depositada num projeto e numa aposta diferente para este ano. Espero que estejam tão satisfeitos como eu estou com esta aposta. Quero também agradecer a esta equipa fantástica que me acompanhou: ao Ângelo, ao Rui, ao Filipe e ao Dr. António que tão gentilmente e tão generosamente nos acompanhou e foi tão importante.

Naturalmente também uma palavra de agradecimento ao Nino por ter embarcado comigo nesta aventura.

Em relação à organização e ainda que eu não seja a pessoa mais indicada para o fazer pela minha pouca experiência quero-lhe agradecer a experiência fantástica que nos proporcionaram num ambiente muito bom, com um catering igualmente bom. Não me canso de referir que o ambiente entre as equipas era fantástico e muito saudável. Nesse aspeto quero ainda agradecer de uma forma muito particular tanto à Elisabete como ao Pedro que eram e continuarão a ser para mim uma referência em particular neste tipo de prova. Qualquer um deles foi sempre extremamente amável, sempre connosco. Houve um são convívio entre as três equipas. Espero que da próxima vez para além de uns bons resultados nas etapas me possa juntar a eles numa boa classificação final, acredito sinceramente que sim.

Não sei se foi a primeira de muitas, seja como for gostava de regressar. São provas que tem de ser encaradas de uma maneira uma pouco diferente das que fazemos em Portugal, mas face aos resultados que tivemos creio que temos potencial para isso.

Não posso deixar de salientar e de enaltecer o fato de termos utilizado, em confronto direto com algumas das melhores máquinas do mercado de competição em TT um veículo concebido e construído em Portugal que tem vindo a ser desenvolvido por pessoas portuguesas e para além disso temos um importante patrocínio da Fedima que nos permite utilizar pneus portugueses de elevada qualidade. A esse respeito devo dizer que vi muita gente furada ao longo da prova e a nós nada nos tinha acontecido. Vi também muitos carros acidentados fruto das muitas armadilhas do terreno, mas nosso Mokka chega ao fim intacto e sem mossas. Infelizmente hoje a dois quilómetros do final quando já só pensava chegar ao fim tive um descuido e deixei o Opel escorregar de mais. O pneu foi a uma pedra e rasgou. Mas este foi erro meu. Tudo o resto esteve impecável.

É importante salientar o quanto de bom temos em Portugal ao nível do Todo-o-Terreno. Os resultados da Elisabete e do Pedro demonstram isso e nós apesar da inexperiência também ajudámos à festa. É um grande orgulho.

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