Crónica 4 - Problema mecânico traiu-nos

Campeão Nacional de Todo-o-Terreno em 2016, depois de vários anos a lutar por esse objetivo, o piloto de Portalegre Nuno Matos está apostado em alargar os seus horizontes desportivos já a partir deste ano de 2017. Se em 2010 o piloto partiu para uma aventura internacional que culminou com a conquista da Taça FIA de Bajas T2 a aposta agora chama-se África e Morocco Desert Challenge. Um enorme desafio que Nuno Matos irá fazer aos comandos do seu Opel Mokka Proto tendo a seu lado um outro campeão, Nuno Rodrigues da Silva.
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Hoje foi um dia complicado, acabámos de chegar ao acampamento, ainda estivemos um bocado à espera da assistência para nos resolver o problema que se verificou ao quilómetro 100. Mais de duas horas parados a resolver um problema numa rótula de suspensão que cedeu. E que nos obrigou a parar.

Partimos em segundo, vínhamos a rolar bem, já tínhamos passado pelo primeiro classificado, penso que íamos à frente porque os outros carros que vinham atrás de nós ainda demoraram cerca de sete ou oito minutos, o que quer dizer que vínhamos a ganhar cerca de 5 minutos. Infelizmente sabemos que isso agora será pouco relevante. O que interessa é a posição que vamos ocupar no último dia de corrida.

Logo a seguir às motos, fomos nós que abrimos a pista (cerca do quilómetro 15 ao quilómetro 100) e só posso dizer que o Nuno está de parabéns porque vinha a fazer um trabalho execional, o que é muito positivo porque, no fundo, foi isso que viemos fazer: aprender. Ao fim do segundo dia já trazemos alguns ensinamentos e temos evoluído bastante.

Ao longo do percurso passámos por muitos carros parados e muitos deles batidos. Felizmente não caímos em nenhuma das armadilhas nem apanhamos sustos. Temos adotado um ritmo cauteloso e consistente que é o que pretendemos para esta prova um pouco traiçoeira.

As pistas hoje eram mais rápidas, com um pouco mais de condução, mais técnicas e nas quais tenho mais facilidade em me adaptar quando comparadas com as do primeiro dia que eram muito ao estilo trial e com navegação muito exigente.

Contudo, o problema na rótula condicionou o dia de hoje e obrigou-nos a rolar devagar. O resultado, embora ainda não saiba qual é, não será nada positivo.

Agora vamos começar o habitual trabalho de reparação e eu acredito que vamos conseguir ter o carro pronto para amanhã que será novamente um dia mais difícil. O que nos foi dito especificamente pela organização que referiu que a seguir a um dia difícil se seguiria um dia mais fácil. Se hoje a especial era tecnicamente mais fácil amanhã está visto que o dia promete.

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