Crato satisfeito com exames do 4.º e 6.º anos

Exame de Matemática do 4.º ano realizou-se esta manhã. À saída da escola Padre António Vieira, em Lisboa, os alunos não estavam tão aliviados como no final da prova de Português na segunda-feira. Associação de Professores de Matemática considera a prova "extensa e com um grau de complexidade considerável". À tarde realizou-se a prova do 6.º ano e o ministro Nuno Crato disse, numa escola em Mafra, estar satisfeito com a forma como os exames decorreram.
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Beatriz Mendes ainda não sabe bem se o exame de Matemática lhe correu bem ou não. "Era mais fácil que o de Português, correu mais ou menos. Estava muito nervosa", diz enquanto olha para os pais, à saída da Escola Secundária Padre António Vieira, a sede do seu agrupamento. Esta manhã cerca de 103 mil alunos do 4.º ano realizaram esta prova.

Mas pelo menos conseguiu terminar: "Houve colegas na sala que não conseguiram acabar a segunda parte", confidencia a mãe de Beatriz. De facto, a Associação de Professores de Matemática (APM), que está contra a aplicação de exames no 4.º e no 6.º ano, considerou a prova longa e com um grau de dificuldade "considerável". "Há questões cujos enunciados apresentam um grau de dificuldade interpretativo pouco adequado a alunos desta faixa etária".

A juntar a uma prova ao que tudo indica complicada, está o já habitual medo da Matemática. À porta da escola, enquanto esperam os filhos, alguns pais vão contando as peripécias da noite anterior: dores de barriga, falta de ar e até pesadelos em que sonham ter errado todas as questões". "São muito pequeninos", dizem os pais uns aos outros. E mesmo depois do exame há crianças que saem a chorar pro não ter conseguido acabar a prova.

"Era um bocadinho grande e estava com medo de não conseguir fazer tudo. Mas consegui e acho que vou ter boa nota". Afonso Miranda, de nove anos, é dos poucos que sai confiante pelo portão da Padre António Vieira.

À tarde realizou-se a prova do 6.º ano. E o ministro da Educação, Nuno Crato, esteve à saída de uma escola em Mafra onde fez um balanço da primeira fase dos exames do 4.º e 6.º anos. Nuno Crato disse aos jornalistas que "é muito cedo para fazer um balanço, mas todas as informações existentes até ao momento são muito positivas de que tudo está a correr bem em todo o país".

Questionado sobre a existência de escolas fechadas e de escolas onde houve alunos sem aulas, como o caso da escola de Mafra, onde apenas os do 9º ano tiveram aulas, Nuno Crato afirmou que "esse não é um problema".

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