Mais de 7000 recuperados mas também mais doentes em cuidados intensivos

No dia em que o mundo conta mais de 55 milhões de pessoas que tiveram ou têm covid-19, Portugal regista um total de 230124 casos e 3553 mortos.
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Depois de ontem se ter registado o máximo de óbitos por covid-19 em Portugal, 91, o boletim epidemiológico da Direção Geral da Saúde aponta para mais 81 mortes e 4452 casos.

Em relação ao dia anterior, há menos pessoas com covid-19: 7290 pessoas recuperaram, pelo que há agora 77126 casos ativos, menos 2919 do que ontem, num total de 230124 pessoas infetadas desde o início da pandemia. É o segundo dia com mais recuperados desde o início da pandemia - a 24 de maio, uma mudança na metodologia no registo de dados levara a um número recorde de 9844 recuperados.

O número total de mortes é agora de 3553.

Um dado que ganha cada vez mais relevância é o do número de internamentos em enfermaria e nos cuidados intensivos, cujo avolumar cria mais pressão no Sistema Nacional de Saúde. Depois de ontem se ter ultrapassado pela primeira vez a barreira das três mil pessoas internadas (3040), há agora menos 12 hospitalizações, perfazendo um total de 3028. Nos cuidados intensivos estão agora 431 pessoas, mais 5 do que no dia anterior, um número recorde.

Por regiões, o Norte mantém-se na frente das transmissões e das mortes: adicionou mais 2941 casos e 43 óbitos, totalizando 116966 casos e 1650 mortes.

Lisboa e Vale do Tejo registou novas 812 transmissões e mais 21 óbitos, contabilizando agora 81621 casos e 1323 mortes. A região Centro registou 353 casos e 11 mortes, atingindo 21406 infeções e 444 vítimas mortais. O Alentejo teve mais 243 casos e 4 mortes, num total de 4547 casos e 83 óbitos.

O Algarve continua a ser a região com menos casos. Conta agora mais 65 pessoas com covid-19 e 2 óbitos, perfazendo no total 4238 casos e 36 óbitos.

Nas regiões autónomas, há a registar mais 11 casos nos Açores e 27 na Madeira, com esta a ultrapassar os 700 casos no total (721), enquanto o arquipélago açoriano se mantém abaixo, com 625. Os Açores, segundo a incidência cumulativa dos últimos 14 dias, de acordo com dados divulgados ontem pela DGS, tem seis concelhos sem casos novos há duas semanas. A Madeira tem outros dois e o Algarve um, Monchique.

Em "tendência epidémica crescente", como caracterizou ontem a diretora-geral da Saúde Graça Freitas, o país está em estado de emergência e mais de 8,5 milhões de pessoas em 191 concelhos estão sob maiores restrições, o que inclui a proibição de circulação na via pública durante a semana, entre as 23.00 e as 05.00, e no próximo fim de semana, entre as 13.00 e as 05.00.

Ontem, a ministra da Saúde Marta Temido anunciou que na região mais afetada do país, o Norte, a capacidade de internamento vai aumentar em breve. Uma nova unidade de cuidados intensivos no Centro Hospitalar de Entre o Douro e o Vouga e mais 37 camas de UCI a distribuir entre o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia Espinho e o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.

A governante disse ainda que mais de 200 camas de enfermaria vão estar disponíveis em Lousada e na Póvoa de Lanhoso, sendo que neste concelho estarão 40 já disponíveis "esta semana".

O anúncio foi feito em Vila Verde durante a assinatura de um protocolo entre o Ministério da Saúde e 10 Misericórdias de forma a alargar a capacidade de resposta.

O ministro da Saúde francês, Olivier Véran, disse esta terça-feira que se a vacina da Pfizer contra o coronavírus for eficaz e segura, a vacinação no país será gratuita e deverá começar no início do próximo ano.

"Se forem validadas, teremos as primeiras vacinas no início do ano", explicou Véran, em entrevista ao canal BFMTV, acrescentando estar confiante de que a Pfizer e a sua parceira alemã BioNtech transmitirão às agências de saúde todos os dados experimentais "até daqui a três semanas", para serem examinados.

O ministro também lembrou que a Comissão Europeia já fez uma pré-encomenda para os 27 estados-membros, o que equivalerá a cerca de 30 milhões de doses para França. Disse ainda que a administração das vacinas será gratuita, assim como os testes de deteção de covid-19.

Já Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Contagiosas e a maior autoridade norte-americana nesta área, classificou na segunda-feira como "incrivelmente impressionantes" os primeiros resultados da vacina do laboratório americano Moderna contra a covid-19.

"Tenho que admitir que estaria satisfeito com uma taxa de eficácia de 70% ou no máximo 75%", disse Fauci à AFP. "O facto de termos 94,5% de eficácia numa vacina é incrivelmente impressionante. É um resultado realmente espetacular e acredito que ninguém previu que seria tão bom", completou o imunologista.

O seu instituto iniciou a investigação e desenvolvimento da vacina em parceria com a farmacêutica Moderna em janeiro, pouco depois de as autoridades chinesas terem divulgado a sequência genética do novo coronavírus.

O número de infeções no mundo pelo vírus SARS-CoV-2 superou esta terça-feira os 55 milhões, e o número de mortes ultrapassou os 1,3 milhões, segundo dados da Universidade de Medicina Johns Hopkins (JHU).

De acordo com os números recolhidos pela instituição norte-americana, há um total de 55 033 418 infeções e 1 327 500 mortos.

Os Estados Unidos lideram em número de casos e de mortes, 11,2 milhões e 247 220 óbitos, respetivamente. Outro dado revelado nesta terça-feira é o número de bebés e crianças e adolescentes atingidas pelo vírus nos EUA: mais de um milhão, informaram a Academia Americana de Pediatria (AAP) e a Associação de Hospitais Infantis.

atualizado e corrigido às 15.57 - é o segundo dia com mais recuperados desde início da pandemia em Portugal

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