Costa foi votar e deixou a porta aberta a um novo futuro político

Depois de votar nas eleições diretas do PS, o ainda secretário-geral do partido assumiu que ainda é muito novo para se reformar, no entanto, questionado sobre se pensa assumir cargos políticos, vincou que "ser cidadão político não significa exercer política".
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O ainda secretário-geral do PS, António Costa, disse esta sexta-feira que, apesar de ainda não ter ouvido os elogios do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dirigidos a si, confirmou que sabe que "foram muito simpáticos" e ainda assumiu que não tem idade para a reforma.

"Acho que nenhum cidadão mete a reforma para a política", destacou o atual primeiro-ministro, questionado sobre se pensa reformar-se da política. "Enquanto estamos conscientes, vivos, livres, somos cidadãos políticos", completou, acrescentando que "ser cidadão político não significa exercer cargos políticos. Todos nós participamos ativamente, de uma forma ou outra. Tenho participado de uma forma mais ativa. Logo veremos como será o futuro", rematou o também líder socialista, no dia em que se dirigiu às urnas para escolher o seu sucessor nas eleições diretas do PS.

Interrogado sobre a forma como o Presidente da República lhe imputou a responsabilidade pela demissão do cargo de primeiro-ministro, no início de novembro, António Costa remeteu a decisão para o processo judicial em curso. "Não vale a pena. Toda a gente sabe o que é que aconteceu e acho que neste momento não é isso que importa. O que importa agora é que a página está virada. Eu fiz aquilo que a minha consciência ditou, porque entendo que, quem está sob uma suspeição oficial não deve exercer as funções como primeiro-ministro. O Presidente da República entendeu que, face a isso, devia convocar eleições legislativas. As eleições estão convocadas, o PS está agora a escolher um novo líder. Amanhã à noite já sabemos quem é o novo líder. No domingo o PS estará todo junto e unido atrás do seu líder, para o apoiar numa grande vitória no 10 de março. É isso que interessa", justificou.

Sobre a sua participação na campanha eleitoral para as legislativas, convocadas para dia 10 de março, Costa assumiu estar disponível para acompanhar o futuro líder do partido. "Eu farei aquilo que o novo secretário-geral do PS entender que devo fazer. Sou um militante muito disciplinado", concluiu.

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