Cosmos não resistiu à saída de Raúl e pode fechar as portas
O histórico New York Cosmos está novamente perto de fechar as portas, agora devido a dívidas e falta de investidores. Dentro do campo, a equipa em que na década de 70 Pelé e Beckenbauer atuaram juntos até conquistou dois títulos nos últimos três anos, na NASL, a II Divisão norte-americana, mas do ponto de vista financeiro o emblema começou a perder dinheiro desde a saída de Raúl, na última temporada.
As notícias sobre os problemas do New York Cosmos surgiram no início desta semana e apanharam quase toda a gente de surpresa, inclusive os próprios jogadores, que receberam cartas a dar conta da rescisão dos respetivos contratos.
Seamus O'Brien, presidente do clube, está à procura de investidores para conseguir salvar o clube de Nova Iorque, mas até ao momento não surgiram interessados, pelo que o clube já avisou os jogadores e os funcionários, alguns dos quais com vários meses de salários em atraso, que pode fechar as portas. Desde a saída de Raúl (ex-jogador do Real Madrid e da seleção espanhola), em 2015, os principais patrocinadores abandonaram o clube e o emblema acabou por acumular dívidas de quase 25 milhões de euros.
Caso se confirme o fim do New York Cosmos, será a segunda vez que tal acontece. Fundado em 1970, por dois irmãos turcos, o clube entrou para a ribalta do futebol mundial com as contratações de figuras como Pelé, Carlos Alberto, Beckenbauer ou Cruijff.
À semelhança da atualidade, o abandono de algumas destas estrelas acabou por fazer que o interesse mediático nesta competição se perdesse, nomeadamente por parte dos operadores televisivos, daí que em 1984 o New York Cosmos tenha fechado as portas.
Com o aparecimento da MLS, a nova liga norte-americana, em 1993, registaram-se algumas tentativas para o regresso do Cosmos, algo que se tornou realidade em 2013, quando o italiano Peppe Pinton aceitou vender a sua parte ao inglês Paul Kemsley. O clube foi inscrito novamente na NALS e ficou à espera de uma vaga na MLS. Contrataram jogadores como os internacionais espanhóis Raúl e Marcos Senna, tiveram Eric Cantona como diretor desportivo, mas nunca receberam o convite, ao contrário, por exemplo, do New York City FC. As dívidas começaram a acumular-se e o clube chegou agora ao ponto de ter de fechar as portas caso não surja nenhum investidor nas próximas semanas.