Cortes nas forças de segurança deixarão GNR no limite
Em reação à medida prevista nas Grandes Opções do Plano (GOP) para 2014, a APG/GNR relembra que a redução do efetivo tem vindo a acentuar-se nos últimos anos, estando "a GNR envelhecida devido às saídas estarem a ser muito superiores aos ingressos".
Segundo o anteprojeto da GOP para 2014, "as restrições orçamentais e o peso das despesas com pessoal obrigam a uma redução gradual do número de elementos nas forças e serviços de segurança pela via da não substituição integral dos elementos que saem", mas a admissão de novos profissionais vai manter-se.
Numa nota, a APG/GNR adianta que a GNR perdeu, em quatro anos, cerca de 10 por cento do seu efetivo e apenas ingressaram na corporação um quarto dos 1.200 novos militares prometidos pelo Governo.
"Com tudo isto é cada vez mais difícil aos profissionais da GNR conseguirem cumprir cabalmente as suas funções", ficando sujeitos a mais cortes de folgas e a cargas horárias desumanas, refere a associação, dando conta que os militares adstritos à componente operacional "estão em défice e, em alguns locais, estão para lá dos limites da rutura".
"Se ainda se mantêm níveis de segurança adequados é graças aos sacrifícios exigidos aos profissionais", refere a APG.
Na nota, a Associação dos Profissionais da Guarda lamenta ainda que "muito pouco ou nada" se conheça sobre as alterações à lei orgânica da GNR e ao regulamento disciplinar dos militares desta força de segurança, que devem entrar em processo legislativo durante este mês.
A APG exige ser ouvida sobre estas duas questões, tendo em conta que estas alterações vão afetar diretamente os militares da GNR.