Corte nas rendas da EDP tem impacto de 24 milhões

O corte de 100 milhões ao valor do ajustamento final levou a empresa a registar uma provisão
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Dez dias depois de ter sido tornado público o corte de 100 milhões no valor do ajustamento final dos CMEC (custos para a manutenção do equilíbrio contratual), a EDP guardou a sua reação à decisão do governo (por recomendação do regulador) para a apresentação de resultados relativos ao primeiro trimestre de 2018. Para já, disse em comunicado enviado ontem à Comissão do Mercado de Valores Mobiliário (CMVM), a EDP está "neste momento a analisar os fundamentos técnicos e legais da referida homologação", mas optou já por registar "uma provisão pela diferença dos valores já reconhecidos nos resultados do grupo, traduzindo-se num impacto de menos €24 milhões de euros no EBITDA, do qual menos 18 milhões é referente ao segundo semestre de 2017". A EDP garante que apenas "tomou conhecimento, por carta da DGEG, da homologação do valor de €154 milhões do ajustamento final do CMEC" a 3 de maio.

Ontem, a EDP anunciou uma queda de 23% nos lucros no primeiro trimestre, para os 166 milhões de euros, muito por causa de "alterações regulatórias adversas em Portugal", tais como "menores receitas com CMEC desde julho e maiores impostos e taxas [CESE e tarifa social] na geração desde agosto" de 2017. Diz a empresa que excluindo os "eventos não recorrentes" - entre eles a provisão correspondente à diferença entre o ajustamento final do CMEC reconhecido em 2017 e o homologado agora, no valor de 13 milhões de euros - podia ter visto os lucros cair apenas 5% (em vez de 23%) para os 245 milhões.

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